11/02/2019 às 20h03m
Apresentador de TV Ricardo Boechat morre aos 66 anos após queda de helicóptero em São Paulo
Jornalista trabalhava como apresentador do Jornal da Band e âncora da BandNews FM
O jornalista Ricardo Boechat morreu no começo da tarde desta segunda-feira (11), aos 66 anos. Âncora dos telejornais da Band e da rádio BandNews FM estava em um helicóptero que caiu no Rodoanel, Jabaquara, Zona Sul de São Paulo. O acidente foi no quilômetro 7 da via, sentido Castelo Branco, próximo a um posto de cobrança de pedágio. Pouco depois das 13h, o Corpo de Bombeiros - que enviou 11 viaturas para o local - informou que as chamas foram apagadas. Ainda segundo a corporação, a aeronove explodiu após se chocar com um caminhão que passava pela rodovia.
O piloto do helicóptero foi a outra vítima fatal do acidente. O motorista do caminhão foi socorrido pela concessionária para o hospital.
Boechat estava dando uma palestra em Campinas, no interior do estado, e retornava a São Paulo nesta segunda, de acordo com jornalistas da TV Band.
Ainda não se sabe o que causou o acidente. O modelo da aeronave é um BELL PT HPG, construído em 1975, e pertencia a uma empresa de táxi aéreo. A via foi interditada para o resgate. Segundo a CCR, os motoristas têm como opção acessar a Anhanguera sentido São Paulo e retornar no Km 18 para seguir sentido Jundiaí/Campinas.
Atualmente, trabalhava no Grupo Bandeirantes, onde era âncora de telejornal e comentarista no rádio do grupo. Também tnha uma coluna na Revista IstoÉ.
Boechat ganhou diversos prêmios, incluindo três Esso, o mais respeitado do jornalismo brasileiro. No Prêmio Comunique-se, foi o Único a ganhar em três categorias (Âncora de Rádio, Colunista de Notícia e Âncora de TV). Em 2014, em uma eleição da qual participaram profissionais da mídia, foi eleito o jornalista mais admirado por seus pares.
A carreira começou em 1970, no extinto Diário de Notícias, no Rio de Janeiro, colaborando com a coluna de Ibrahim Sued. Em 1983, transferiu-se para O Globo, veículo no qual se tornaria um dos jornalistas mais influentes do país, após se tornar titular da coluna Swann, rebatizada mais tarde com o seu nome.
Foi ainda, por seis meses, titular da Secretaria de Comunicação Social do Estado do Rio, no governo Moreira Franco. Publicou o livro Copacabana Palace – Um hotel e sua história (DBA, 1998), que resgatou a trajetória do hotel mais famoso do país.