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03/03/2016 às 09h35m

Nazaré da Mata: Paralisação deixa hospital Ermírio Coutinho sem atendimento

Cerca de 400 médicos e enfermeiros suspenderam atendimento na quarta (2). Atraso nos salários motivou paralisação.

O Hospital Ermírio Coutinho, localizado em Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, paralisou o atendimento ao público desde o final da manhã da quarta-feira (2). Cerca de 400 funcionários terceirizados, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, suspenderam as atividades nesta que é a principal maternidade da região. No local, são realizados mais de 230 partos e aproximadamente 6 mil atendimentos por mês nas áreas de pediatria e clínica médica.

O atraso no pagamento dos salários referentes à primeira quinzena de janeiro deste ano e ao mês de fevereiro motivou a paralisação dos funcionários. De acordo com o diretor-geral do hospital, Francisco Madeiros, a unidade recebe, por mês, R$ 1,3 milhão de recursos dos governos estadual e federal, porém a despesa mensal é superior.

“Só com a folha de pagamento, o gasto mensal é superior a R$ 1 milhão. Então, para manter o hospital funcionando normalmente, seria necessário R$ 1,6 milhão por mês. Mas, desde 2014, não há um aumento no repasse das verbas do Tesouro, por isso o hospital está com dificuldades para pagar as contas”, explica o dirigente.
O diretor afirma ainda que já vinha alertando, há um ano, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) sobre a situação financeira do Hospital Ermírio Coutinho. “Não foi por falta de aviso, pois enviei mais de 20 ofícios relatando que os recursos estavam insuficientes para manter o hospital funcionando”, revela. Por meio de uma nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que “vem trabalhando juntamente com a unidade sobre o reajuste dos valores dos repasses, o que deve ser feito já a partir dos próximos meses”.

Enquanto a situação não é resolvida, os pacientes do hospital estão preocupados com a suspensão do atendimento no local. “Desde ontem (terça), os funcionários diziam que iriam fechar as portas. Eles não estão atendendo ninguém. Minha mãe tem problema de pressão e diabetes e está com suspeita de chikungunya. Eu estou dando apenas remédio em casa, mas queria que um médico a atendesse, pois, quando vai no hospital, ela toma insulina”, conta a babá Fábia Michelle. “Não tem outro hospital assim na região, as pessoas vêm de outras cidades para cá. O hospital é muito bom e grande, mas não está atendendo”, complementa.

Pediatria e obstetrícia são as áreas de referência do Hospital Ermírio Coutinho, mas pacientes de outras especialidades costumam ser encaminhados para a unidade. “Também recebemos, a nível ambulatorial, pacientes de neurologia, cardiologia e otorrinolaringologia. Tudo isso amplia os nossos gastos”, complementa Francisco Madeiros.

Durante a paralisação, apenas está mantido no hospital o atendimento a casos de emergência, como pacientes em trabalho de parto ou que se encaixem na classificação de risco na cor vermelha (infarto agudo do miocárdio, vomitando sangue, com dor abdominal forte, entre outros).


As informações ssão do G1PE

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