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22/07/2017 às 13h01m - Atualizado em 23/07/2017 às 00h01m

Pernambuco; Polícia prende suspeitos de desviar R$ 40 milhões e entregar merenda estragada em escolas

Segundo a polícia, as fraudes partiam de empresas do ramo alimentício que forneciam alimentos estragados para escolas municipais do Estado

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A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã desta sexta-feira (21), a Operação Comunheiro II com objetivo de desarticular uma quadrilha envolvida em crimes licitatórios e lavagem de dinheiro nas cidades do Recife, Olinda, São Lourenço da Mata e Itamaracá, todas o Grande Recife, além de Paudalho, Buenos Aires e Carpina, que ficam na Zona da Mata Norte do Estado.

Os alvos da operação desviaram verbas que seriam destinadas a merendas de escolas públicas e hospitais públicos do estado. Empresários e funcionários públicos, são suspeitos de envolvimento nos crimes. O detalhamento sobre os esquemas montados e o nome das empresas serão apresentados em coletiva de imprensa, na próxima segunda-feira (24) na Sede Operacional da PCPE, com horário ainda indefinido.

De acordo com o chefe da chefe da Polícia Civil, o delegado Joselito Kehrle, as fraudes partiam de empresas do ramo alimentício e de prestadoras de serviço, que forneciam alimentos estragados para escolas municipais do Litoral ao Sertão do Estado. "Eram carnes podres, vencidas que eram fornecidas a crianças em escolas e hospitais públicos. No primeiro momento forneciam uma amostra de boa qualidade, mas num segundo momento era fornecida carne e alimentação com data de vencimento ultrapassada e que era renovada", disse.

Para a polícia, os desvios foram de pelo menos R$ 40 milhões. "Nove empresas se reuniram num conglomerado com objetivo de cometer crimes como associação criminosa, fraudes em licitação, e lavagem de dinheiro. Os empresários foram investigados e acreditamos que o valor das fraudes ultrapasse R$ 40 milhões, pois só uma das empresas faturou R$ 38 milhões em desvios.

No esquema de fraudes em licitações, articulava-se qual delas iria ganhar o edital, e as demais recebiam uma parcela do dinheiro da comercialização como pagamento. O lucro girava em torno de 15% para cada uma das empresas. Porém, em alguns contratos, o serviço não era prestado de fato. O desvio de verbas de hospitais públicos do estado não foi detalhado pela Polícia Civil

Até o momento a polícia apreendeu R$ 60 mil e foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão, 12 de condução coercitiva e sete de prisão. O ex-presidente da Câmara Municipal de Carpina e ex-prefeito de Lagoa do Carro, Tota Barreto, também está sendo investigado na operação. Tota já está preso por conta da Operação Fraus, deflagrada pela Polícia Civil no dia 9 de junho. Ele, o ex-prefeito de Carpina, Carlinhos do Moinho (PSB), vereadores e funcionários da gestão do antigo prefeito são suspeito dos crimes fraude em licitações, lavagem de dinheiro, peculato, desvios, estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa.

As informações são da Rádio Jornal

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