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05/09/2019 às 21h16m - Atualizado em 06/09/2019 às 09h17m

Em Pernambuco, deputada cria projeto para proibir 'coreografias obscenas' dentro das escolas

De acordo com o projeto de lei, apresentações de dança com conteúdo obsceno e vulgar devem ser proibidas dentro do ambiente escolar

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Um projeto de lei (PL) criado pela deputada Clarissa Tércio (PSC) pretende proibir apresentações de dança com conteúdo obsceno e vulgar dentro do ambiente escolar. A deputada, integrante da bancada evangélica da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), elaborou o projeto para as escolas estaduais de Pernambuco.

Em um vídeo divulgado na rede social, a parlamentar apresenta trechos de coreografias que, segundo ela, expõe os jovens a uma situação de vulnerabilidade e sexualização. “É inadmissível que o espaço escolar seja utilizado para coreografias obscenas e vulgares, tirando, assim, a inocência das nossas crianças e dos nossos adolescentes”, lamentou.

Dentre as danças exibidas no vídeo está o 'passinho', estilo de dança ligado ao ritmo bregafunk que estourou em todo o Estado desde início de 2019 e é bastante reproduzido entre os jovens nas comunidades.

Educador social há 21 anos, Marcio Pereira discorda da proposta. “É uma lei infundada. Uma maneira de tirar o direito de uma juventude que se expressa através da dança e representa os jovens, a cultura das comunidades”, contou.

No texto da proposta, a deputada justifica que “a erotização precoce de crianças e adolescentes é fator responsável diretamente pelo aumento da violação da dignidade sexual de mulheres e também dos casos de estupro de vulnerável”. A autora do projeto explica que são considerados pornográficos ou obscenos, coreografias que façam alusão á práticas sexuais ou de atos libidinosos.

A psicóloga Ideiza Barros concorda com o projeto de lei. “É necessário parar a estimulação de danças com conotação sexual, pois estimula precocemente as crianças e adolescentes. Mas, é esperado que as escolas transfiram esses movimentos de caráter obsceno para apresentações adequadas a faixa etária dos jovens", opina.

Na rede social da deputada as opiniões em relação à proposta estão divididas. O PL de número 494/2019 agora seguirá para as comissões da Casa.

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