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06/09/2021 às 00h07m - Atualizado em 06/09/2021 às 00h57m

Governo de Pernambuco demite policiais civis presos por reter ilegalmente carga para vender cigarro contrabandeado no Recife

Mais de 130 mil maços foram apreendidos na época. Demissão do agente e do comissário, publicada neste sábado (4), foi assinada pelo governador Paulo Câmara (PSB).

cigarro_contrabandeado

O governo de Pernambuco demitiu dois policiais civis acusados de reter carga para vender cigarro contrabandeado, no Recife. Eles foram presos em flagrante em 2018, quando, de acordo com a Polícia Civil, apreenderam de forma ilegal a carga de 130 mil maços para posteriormente revender o material no mercado clandestino.

A demissão, assinada pelo governador Paulo Câmara (PSB), foi publicada no Diário Oficial deste sábado (4). São alvo da determinação o agente Leonardo de Melo Goulart Leicht e o comissário da Polícia Civil Wilson de Melo Amorim.

A determinação atende à sugestão do então secretário de Defesa Social Antônio de Pádua e foi feita em 28 de maio de 2021, dias antes de o ex-chefe da pasta deixar o cargo após a repressão violenta da PM a um protesto pacífico contra Bolsonaro (sem partido).

Os dois policiais foram autuados e respondem na Justiça pelo crime de concussão, que é quando um agente público utiliza de seu cargo para exigir vantagem indevida para si ou para outros. A legislação prevê pena que varia entre dois e 12 anos de prisão, bem como multa.

Na sugestão de demissão, Antônio de Pádua afirma que os dois agentes valeram-se "da dignidade da função policial" para obter tirar proveito de outras pessoas. No caso de Wilson de Melo Amorim, ele também justifica que o policial civil abandonou o serviço, sem permissão, para cometer o delito.

As defesas dos dois policiais não foram localizadas para comentar a decisão.

O crime

Além dos dois policiais demitidos, na época do flagrante, também foi detido o policial militar Mário Gomes Leal Teixeira, que alegou problemas psicológicos e que estaria fora de atividade.

Os três foram presos perto do Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa), na Zona Oeste da capital. Na ação, o dono dos cigarros também foi detido e autuado por contrabando.

Essas pessoas se apresentavam como policiais e informavam que levariam a carga para a delegacia. A polícia esclareceu que os produtos recolhidos pelos policiais em ações legítimas nunca foram entregues aos distritos policiais e jamais se transformaram em provas de crimes.

Do G1 PE

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