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18/09/2015 às 09h14m - Atualizado em 18/09/2015 às 09h20m

Polícia Federal investiga prática de cartel entre prefeituras do interior de Pernambuco

Fraude em licitação para transporte escolar deu início a investigação. Houve busca e apreensão em Limoeiro, Passira e Glória do Goitá.

A Polícia Federal em Pernambuco está investigando prefeituras do interior do estado por suposta prática de cartel. Limoeiro e Passira, no Agreste, e Glória do Goitá, Zona da Mata Norte, já estão sendo investigadas. Outras dez também estariam envolvidas e serão analisadas pela corporação nos próximos meses. O caso veio à tona a partir de um processo de licitação fraudulento para contratar serviços de transporte escolar.

Duas empresas, AG Serviços e Locação de Veículos e A.R.Resendis, estão sendo investigadas - elas teriam recebido mais de R$ 50 milhões nos últimos quatro anos, verba pública do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate), do Ministério da Educação.

A PF afirma ainda que começou a investigar denúncias anônimas em 2014. A suspeita é de que, antes de haver a licitação, as empresas que prestariam o serviço de transporte escolar às prefeituras já estavam escolhidas. Também foram confirmados pagamentos em duplicidade.

Para o chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) no estado, Victor de Souza Leão, há fortes indícios dessas empresas funcionarem apenas como fachada. “Elas recebiam o dinheiro por um valor 'x' e subcontratavam um terceiro pagando bem mais barato, para que o serviço fosse executado. No papel elas tinham fins de transporte escolar, mas não tinham nem funcionários para executar tais serviços”, disse.

A operação Carona foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (17) para cumprir 15 mandados de busca e apreensão nas três cidades que estariam envolvidas e também no Recife, Carpina, na Mata Norte, Caruaru, no Agreste, e Serra Talhada, no Sertão. Houve procura também de contratos e subcontratos em casas de prefeitos, cujo os nomes não foram divulgados.

“Foram feitos diversos pedidos de prisão de prefeitos e secretários que estariam envolvidos na prática do crime. A operação dependia dessa busca de documentos para embasar novos pedidos de prisão e afastamento das funções”, informou Marcelo Diniz Cordeiro, superintendente da PF em Pernambuco.


As investigações e fotos são do G1 PE

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