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29/01/2020 às 22h38m - Atualizado em 30/01/2020 às 08h43m

Vítima beija réu que tentou matá-la com 5 tiros durante julgamento no Rio Grande do Sul

Mulher diz que já perdoou namorado e que foi ela quem o provocou. Ele foi condenado por tentativa de feminicídio e vai cumprir 7 anos no semiaberto

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Um homem identificado como Lisandro Rafael Posselt, de 28 anos, que estava sendo julgado pela tentativa de feminicídio contra Micheli Schlosser, 25 anos, foi beijado pela própria vítima durante o julgamento que aconteceu no Foro de Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul. O acusado está preso na Penitenciária Estadual do município depois de ter desferido sete tiros contra a mulher - cinco disparos acertaram na vítima, que sobreviveu.

A tentativa de feminicídio aconteceu em agosto do ano passado. Na época, os dois mantinham um relacionamento e teriam se desentendido em plena Rua Osvaldo Aranha, na cidade de São Leopoldo. Descontrolado, o acusado teria se pego a arma que levava consigo e efetuado os disparos. 

Segundo o Correio do Povo, durante o julgamento que aconteceu nesta última terça-feira (28), a vítima levantou da cadeira onde estava e pediu para abraçar e beijar o réu - o que foi consentido pelo juiz. Depois disso, a vítima disse que os disparos feitos pelo acusado aconteceram porque ela provocou o namorado. "Ele sempre foi muito bom para mim e já pagou pelo erro que cometeu", disse a mulher. 

Mesmo com o beijo de compaixão da vítima, o acusado foi condenado a sete anos de detenção em regime semiaberto cinco pela tentativa de feminicídio e dois por porte ilegal de arma. Ele poderá recorrer em liberdade. 

O promotor Pedro Rui da Fontoura Porto recorreu da decisão dos jurados. Em entrevista ao programa Terra em Meia Hora, da rádio Terra FM, Pedro Porto disse que a reação da vítima, de pedir a absolvição do réu, não é totalmente surpreendente, já que algumas vítimas de violência doméstica tendem a voltar atrás, perdoar e até lutar pela impunidade dos seus agressores.

“Mas não é comum em um caso tão grave como este, onde a vítima levou cinco tiros pelas costas”, observou o promotor. Pedro avalia como incomum o comportamento da vítima e destacou que o fato dela perdoar, no sentido de querer esquecer o episódio, seria aceitável, aponta o site local Folha do Mate.

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