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04/02/2017 às 11h06m

Dezembro foi o mês mais violento dos últimos dez anos em Pernambuco

Ao todo, 472 pessoas foram assassinadas. SDS cita medidas e vai ampliar publicação de dados criminais

Dezembro foi o mês mais violento dos últimos dez anos no?Estado, com quase 500 homicídios. Os dados foram publica­­dos no site da Secretaria de De­­­fesa Social (SDS). Foram exatos 472 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), uma média de mais de 15 por dia.

A última vez que um número parecido havia sido contabilizado foi em janeiro de 2007 - cinco meses antes do lan­­­çamento do Pacto Pela Vi­­­da (PPV) -, quando houve 459 assassinatos. O quantitativo expõe a pior crise do programa, que, em maio, chegará a uma década de implantação.

Os resultados já eram negativos desde 2014, quando o total anual de crimes voltou a subir, mas pioraram no último trimestre de 2016. Em outubro, o número chegou a 449. Não morriam mais de 400 pessoas no Estado, num mês, desde dezembro de 2007. Com os dados consolidados, 2016 terminou com 4.479 assassinatos, 15,1% a mais que 2015 (3.891). Desde a implantação do PPV, só os números de 2007 (4.592) e 2008 (4.531) foram maiores.

A SDS diz reconhecer que os indicadores estão “acima do aceitável” e que a crise econômica, que gerou desempre­­go, “aliada às greves das polícias Civil e Militar” em 2016, “alimentaram a escalada da violência”. Ainda afirma que aposta no “fortalecimento do trabalho de inteligência para desarticular grupos de extermínio, na renovação do parque tecnológico e na redistribuição do efetivo das corporações” para “reduzir os crimes contra a vida”.

Banco de dados

O número consolidado de CVLIs em dezembro deveria ter sido divulgado no último dia 15, mas só o foi na quarta-feira passada. Segundo a SDS, o atraso foi para modificar a metodologia dos dados crimi­­nais. Entre as novida­­des, está a divulgação de nú­­meros de roubos, inclusive a bancos, e de violência contra a mulher e estupros a partir do próximo dia 15. “É nosso com­­promisso com a transpa­­rência e a responsabilidade no trato de um tema tão sensível para todos”, disse o secre­­­tário de Defe­­sa Social, Ângelo Gioia. Além dis­­so, deixarão de ser publicados os nomes de pessoas mortas para evitar constrangimentos a familiares.


As informações são da Folha de Pernambuco

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