12/03/2015 às 11h39m - Atualizado em 12/03/2015 às 11h48m
Parabéns, Recife! Felicidades, Olinda!
Tudo pronto para o aniversário de Olinda e Recife. Cidades irmãs programam shows, corte de bolo e cortejos para festejar os 480 e 478 anos, respectivamente
Olinda e Recife são unidas pela geografia, cultura e amor dos seus habitantes
Chegou a hora dos cerca de 1,6 milhão de recifenses e 388 mil olindenses se programarem para soprar a vela de aniversário de suas cidades, que nesta quinta completam 478 e 480 anos, respectivamente. Cidadãos apaixonados, eles formam um contingente que não deixa de se deslumbrar com o legado histórico e cultural que ambas as cidades irmãs preservam ao longo do tempo, apesar dos problemas urbanos que vivenciam. Para brindar a longevidade marcada pela tradição, a programação de aniversário amanhã privilegia manifestações culturais que bem representam a identidade das aniversariantes, separadas apenas por sete quilômetros.
De um lado, a primogênita Olinda orgulha os moradores com o título de mais antiga entre as cidades brasileiras declaradas Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). E a caçula Recife, que nasce de dentro d’água, desperta os olhares pelos rios que cortam a cidade em sinuosos movimentos. Mas pontos em comum entre as duas não faltam, a exemplo da tradição do frevo, que encanta moradores e turistas.
Por sinal, para comemorar as idades novas, o ritmo será enaltecido na programação de amanhã (arte ao lado). Os diversos cortejos que tomam conta das ladeiras de Olinda serão marcados por orquestras e passistas de frevo, a partir das 16h. Também enraizado na capital pernambucana, o gênero musical e poético está entre os destaques da festa na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife, a partir das 17h.
É lá onde se reunirão artistas populares e manifestações culturais. Sobe ao palco ainda o cantor Lenine, que traz em suas composições influências de expressões culturais locais. A festa também conta com a apresentação dos maracatus de baque solto Piaba de Ouro e de baque virado Estrela Brilhante, além do cavalo-marinho Boi Matuto do Mestre Salustiano. Eles brilham durante as comemorações porque são expressões culturais que receberam do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em dezembro do ano passado, o título de Patrimônio Cultural Imaterial.
Para comprovar que o Recife tem uma vocação multicultural, a festa também será marcada pela campeã Gigante do Samba – escola de Água Fria que, este ano, foi a campeã do concurso carnavalesco pela oitava vez consecutiva.
Já no cortejo da Marim dos Caetés, o encanto fica por conta da boneca Olinda, a mais nova integrante do time dos gigantes. Morena, de lábios carnudos e com figurino rico em detalhes que fazem alusão à cidade, ela promete reinar entre 50 bonecos, durante desfile pelo Sítio Histórico, que sai do Alto da Sé rumo ao Palácio dos Governadores, sede da administração municipal.
Com informaões do JC Online
Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem