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24/03/2023 às 01h04m - Atualizado em 24/03/2023 às 02h54m

Após 51 mortes pelas chuvas em 2022, Recife dobra investimento e apresenta novidades na Ação Inverno

Programa de investimentos contra efeitos do inverno no Recife deste ano foi lançado nesta quinta-feira (23)

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Em março de 2022, a Prefeitura do Recife lançava a Ação Inverno daquele ano, com o maior investimento de sua história. Os R$ 148 milhões divulgados, contudo, não foram suficientes para evitar a morte de 51 pessoas pelas chuvas na cidade nos meses seguintes.

No ano posterior à tragédia, foi apresentada, nesta quinta-feira (23), a operação de 2023. Desta vez, serão R$ 291 milhões dedicados à prevenção e às ações emergenciais em áreas críticas, sendo R$ 225 milhões em recursos do município e R$ 66 milhões advindos do governo federal.

Os valores serão implementados em obras de prevenção, novos protocolos e uso de tecnologias, que, de acordo com o prefeito João Campos (PSB), beneficiarão diretamente 58 mil pessoas.

"É o maior volume da história do Recife em obras de encostas, drenagem, recuperação de escadarias e elementos de drenagem delas, ampliação do Programa Parceria de 150 para mil obras", pontuou.

ALERTAS DE CHUVAS À POPULAÇÃO

A novidade deste ano é o emprego de mais tecnologias de alerta à população. Os avisos de previsão de fortes chuvas continuarão a ser disparados por SMS para 42 famílias cadastradas. Mas agora toda a população pode se cadastrar para recebê-los também através do site a aplicativo do Conecta Recife - já utilizado para marcação de vacinas, por exemplo.

Por lá, a Prefeitura emitirá níveis diferentes de alerta a partir de um cruzamento entre dados meteorológicos, de monitoramento de trânsito, satélite, radar, tábua de maré, entre outros, feito em tempo real.

Eles vão desde "Mobilização" - quando equipes são convocadas a monitorar alguma situação, sem impacto significativo na rotina da cidade -  até "Atenção", "Alerta" e "Emergência". Nestes dois últimos casos, a população é orientada a permanecer em casa, exceto em caso de moradias de risco.

Quando questionado pelo JC sobre como as famílias vão saber se precisam sair do local onde vivem, o secretário de Defesa Civil do Recife, Cássio Sinomar, garantiu que a Prefeitura tem feito um trabalho de conscientização e vistoria em todos os 15 mil pontos de risco da capital pernambucana.

"Quando o cidadão solicita uma vistoria, é para conhecer sua vulnerabilidade. Na ida de um técnico, ele vai analisar e levar as práticas seguras: desde uma orientação, como uma capinação, roçagem, colocação de lona; ou uma obra definitiva. É muito importante ele ter conhecimento da sua vulnerabilidade, para saber o que fazer na hora certa", respondeu.

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