25/03/2024 às 14h42m - Atualizado em 25/03/2024 às 15h36m
Seguranças do Náutico espancam torcedores do time após partida nos Aflitos
Cenas de violência foram registradas após empate do time alvirrubro contra o CRB, pela Copa do Nordeste. Antes do jogo, houve confusão entre pessoas que protestavam contra a FPF-PE ,
Uma confusão entre torcedores do Náutico e seguranças particulares contratados pelo clube resultou em cenas de violência após a partida do time contra o CRB no domingo (24), pela Copa do Nordeste. Uma das imagens mostra um torcedor sozinho sendo agredido por cerca de sete seguranças. No vídeo é possível ver quando ele é atingido por um escudo, que quebra com o impacto.
A confusão aconteceu depois do empate por 1 a 1 entre os times, no Estádio Eládio de Barros Carvalho, sede do clube, que fica nos Aflitos, na Zona Norte do Recife. Nos vídeos, além do corre-corre, também é possível ver que várias cadeiras são arremessadas no salão social.
Num dos momentos, um torcedor alvirrubro sentado no chão é agredido pelos seguranças e outro leva uma tapa no rosto. Outras imagens também mostram um segurança tentando acertar uma mulher com uma cadeira.
Nas redes sociais, torcedores também reclamaram da atuação da Polícia Militar (PM), que teve início ainda durante a partida, durante um protesto feito pelos torcedores contra a Federação Pernambucana de Futebol (FPF-PE) nas arquibancadas.
A manifestação foi interrompida pelos PMs, que recolheram as faixas e detiveram alguns torcedores. Um dos vídeos também mostra quando um PM bate num homem que gravava a atuação da corporação.
O protesto foi relacionado à medida da FPF-PE de proibir a entrada nos estádios de faixas, bandeiras e demais adereços que façam alusão às duas principais torcidas uniformizadas de Náutico e Sport.
O g1 procurou a Polícia Militar para saber de outros detalhes sobre a ocorrência no estádio, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
Clube repudiou agressões
O clube se pronunciou por meio de uma nota, assinada pelo presidente Bruno Becker, onde repudiou os atos de violência e prometeu rescindir o contrato com a empresa de segurança.
"Entendo que o papel da segurança privada não é o de agredir quem quer que seja, mas sim assegurar o bem-estar de todos os presentes em nossos jogos. O que foi visto neste domingo é inaceitável. O evento esportivo é um espaço de entretenimento e convivência social, onde os valores de uma cultura de democracia e paz devem prevalecer", disse Becker por nota.
* Com informações do ge.
