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14/04/2018 às 07h10m - Atualizado em 14/04/2018 às 21h25m

Em delação, dono de avião diz que usou obras federais para ‘propina’ a Eduardo Campos

Recursos teriam saído de construtoras com contratos para obras federais, como a transposição do rio São Francisco, o Píer Petroleiro do Porto de Suape e o Canal do Sertão Alagoano.

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Fonte: Blog do Jamildo

O empresário João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, alvo das operações Lava Jato e Turbulência e dono do avião usado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) na campanha presidencial, afirmou em acordo de delação premiada que repassou, de 2010 a 2014, dinheiro de empreiteiras interessadas em negócios com o governo estadual a Aldo Guedes, ex-auxiliar do socialista. Parte desses recursos teriam saído de empresas suas que tinham contratos com as construtoras para obras federais, como a transposição do rio São Francisco, o Píer Petroleiro do Porto de Suape e o Canal do Sertão Alagoano.

“Todos os contatos referentes ao repasse de valores a Eduardo Campos eram feitos pelo colaborador com Aldo Guedes”, relata o termo de colaboração firmado por Lyra com o Ministério Público Federal (MPF), em que diz ainda que nunca conversou com Eduardo Campos diretamente sobre os supostos acertos e que o viu apenas em eventos sociais.

“Os repasses de valores ocorreram, na maior parte das vezes, na garagem do prédio residencial em que Aldo Guedes mora, na Avenida Boa Viagem (…); também ocorreram entregas de valores em locais públicos aleatórios”, afirmou o empresário, na delação ao MPF.

Vazamento

Os termos da colaboração de Lyra estão sob sigilo, mas vazaram ao ser compartilhados em um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga o ex-senador Vital do Rêgo, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). O empresário prestou depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) no Recife, no dia 17 de janeiro de 2017, quatro meses após ser solto e passar a responder em liberdade à ação da Turbulência, que depois foi trancada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).

Lyra afirmou que havia quatro formas de entregar a suposta propina a Aldo Guedes: apenas repassando o dinheiro das empreiteiras, gerando caixa dois para as empresas através de notas fiscais superfaturadas e repassando ao ex-auxiliar de Eduardo Campos ou a outros políticos, por meio de firmas abertas no exterior ou em transações envolvendo um escritório de advocacia em São Paulo.

O empresário disse ao MPF que nunca conversou com Eduardo Campos diretamente sobre os supostos acertos e que o viu apenas em eventos sociais. “Que todos os contatos referentes ao repasse de valores a Eduardo Campos eram feitos pelo colaborador com Aldo Guedes”, relata Lyra, segundo o documento do MPF.

Segundo Lyra, alguns encontros com o ex-auxiliar do socialista chegaram a acontecer na Companhia Pernambucana de Gás (Copergas), empresa que tem participação do governo estadual e foi presidida por Aldo Guedes. Mas, de acordo com o depoimento dele, essas reuniões serviam apenas para acertar outros lugares para a entrega do dinheiro e os repasses não teriam acontecido lá. Em sua delação, Carlos Angeiras, ex-executivo e delator da Odebrecht, também descreveu reuniões com Guedes na Copergás.

João Carlos Lyra contou que os dois combinavam os encontros em ligações feitas pela secretária de Aldo Guedes ou através de telefones pré-pagos entregues prontos, para onde eram enviadas mensagens solicitando as reuniões. O empresário também relatou “que os repasses de valores ocorreram, na maior parte das vezes, na garagem do prédio residencial em que Aldo Guedes mora, na Avenida Boa Viagem (…); Que também ocorreram entregas de valores em locais públicos aleatórios”. Continue lendo AQUI

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