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19/04/2023 às 04h20m - Atualizado em 19/04/2023 às 07h06m

Jogador do Sport é alvo de operação que investiga manipulação de resultados de partidas de futebol

Lateral-esquerdo Igor Cariús teve celular, notebook e CNH apreendidos. Mandado de busca e apreensão foi expedido pela Justiça de Goiás e cumprido pelo MPPE.

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Um jogador do Sport foi um dos alvos da Operação Penalidade Máxima II, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás para investigar suspeitas de manipulação de resultados de partidas de futebol. O lateral-esquerdo Igor Cariús, de 29 anos, teve a carteira nacional de habilitação, celular e notebook apreendidos.

Expedido pela Justiça de Goiás na manhã desta terça (18), o mandado de busca e apreensão foi cumprido pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Os objetos do jogador, nascido no interior do Ceará, foram apreendidos pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).

No ano passado, Igor Cariús jogou pelo Cuiabá, disputando 32 partidas. Na carreira, ele também atuou pelos seguintes times: Iguatu, Barbalha, Quixadá, Coruripe, ASA, Paraná, CRB e Atlético-GO.

Igor Cariús compareceu ao treino do time na manhã desta terça e segue viagem com a delegação rubro-negra rumo a Fortaleza, para enfrentar o Ceará, na quarta (19), no jogo de ida da final da Copa do Nordeste.

O lateral-esquerdo procura um advogado particular para tratar do caso. Embora tenha sido procurada, a assessoria de imprensa do jogador não se posicionou sobre o caso, até a última atualização desta reportagem.

O que diz o Sport

O Sport se posicionou oficialmente e saiu em defesa de Igor Cariús, sem citar o nome do jogador. Por meio de nota, o clube declarou que:

  • "vem a público reforçar sua posição integralmente oposta a qualquer tipo de situação que envolva esquema ou manipulação de resultados de partidas de quaisquer esportes";
  • "tais condutas antidesportivas ferem princípios básicos e inegociáveis ao clube, como a ética e moral, portanto, não condizentes com a história do Sport";
  • "aproveita para destacar total confiança e apoio à postura e à integridade do profissional, que tem conduta exemplar no dia a dia";
  • "dispõe o departamento jurídico ao jogador para suporte de qualquer necessidade";
  • "coloca-se à disposição das autoridades para colaborar no que diz respeito à investigação e acompanha atentamente o desenrolar da operação".

Entenda a operação

Confira o que se sabe da Operação Penalidade Máxima:

  • ela foi iniciada em fevereiro deste ano;
  • abrange seis estados e 16 cidades, incluindo o Recife;
  • investiga supostas irregularidades em, pelo menos, cinco partidas da Série A de 2022, mas os jogos específicos não foram divulgados;
  • também apura suspeitas de manipulação de resultados nos campeonatos estaduais de Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e São Paulo – todos no ano passado;
  • na primeira fase, ela cumpriu nove mandados de busca e apreensão.

Saiba como agia o grupo

Veja o que foi descoberto pelo Ministério Público de Goiás durante a investigação, iniciada em novembro de 2022 após uma denúncia feita pelo Vila Nova:

  • o grupo criminoso subornava jogadores, que recebiam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para que realizassem ações específicas durante as partidas;
  • há indícios de que as condutas solicitadas aos jogadores tinham como objetivo que os investigados conseguissem altos lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas;
  • os apostadores faziam propostas para atletas marcarem pênaltis nos primeiros tempos de cada jogo;
  • caso os jogadores aceitassem, era feito o pagamento do “sinal”;
  • após a partida, caso o pênalti tivesse sido feito, os jogadores receberiam o restante do valor combinado.

Fonte: G1 Pernambuco

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