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12/05/2023 às 08h31m - Atualizado em 12/05/2023 às 09h26m

Pesquisa aponta que cerca de 20 mil meninas abaixo dos 18 anos são vítimas de exploração sexual comercial na Região Metropolitana do Recife

O perfil dos abusadores corresponde, geralmente, a homens casados, entre 40 e 50 anos, com condição financeira superior à da criança

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Cerca de 20 mil meninas menores de 18 anos de idade e moradoras da Região Metropolitana do Recife (RMR) foram vítimas recentes de situações de exploração sexual comercial. É o que revela a pesquisa Vítimas Invisíveis, produzida numa parceria entre a Fiocruz e a ONG Gestos.

Segundo o levantamento, as meninas foram abordadas por algum adulto que lhes ofereceram dinheiro, favores ou alguma coisa de valor em troca de atos de natureza sexual.

Uma outra pesquisa revela o perfil dos abusadores: são geralmente homens casados, entre 40 e 50 anos, com condição financeira superior à da criança.

O estudo aponta que apesar destes homens considerarem a exploração sexual comercial um crime e também, como adjetivam, “algo moralmente condenável”, esta relação só é feita se a vítima for menor de 14 anos.

O levantamento aponta os porquês desta justificativa: a relação é entendida como uma forma de sobrevivência, “normalizada e até incentivada em contextos de vulnerabilidade social extrema”.

As pesquisas “Vítimas invisíveis: crianças e adolescentes em exploração sexual comercial no Recife” e “Normas sociais e comportamentos de perpetradores de exploração sexual comercial de crianças no Recife e Região Metropolitana” são financiadas pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, através do Programa para Erradicação da Escravidão Moderna, via Freedom Fund.

Os resultados completos das pesquisas são apresentados durante o seminário intitulado “Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes: quais são os compromissos necessários para erradicá-la?”, realizado nesta quinta-feira, 11, no auditório da OAB Pernambuco.

Estarão presentes na apresentação a representante do Freedom Fund no Brasil, Débora Aranha; a Cônsul Geral dos Estados Unidos no Nordeste, Jessica Simon; e representantes da Rede de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nos âmbitos federal, estadual e municipal.

 

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