16/05/2022 às 06h36m - Atualizado em 16/05/2022 às 08h08m
Idosa é encontrada morta amarrada dentro de casa no Maranhão
Vítima foi identificada como Francisca Bispo Rodrigues, de 77 anos.
Uma idosa identificada como Francisca Bispo Rodrigues, de 77 anos, foi encontrada morta amarrada e com sinais de violência, nesse sábado (14), dentro de sua casa no Povoado Livramento, localizado no município de Peritoró, a 236 km de São Luís.
Segundo o delegado da Delegacia Regional de Codó, Francisco Fontenele, o caso aconteceu na manhã de sábado e o corpo da vítima foi encontrado por populares, que acionaram a Polícia Militar. "A Polícia Militar foi acionada pelos populares. O fato é que alguns populares narraram que ela havia sido amarrada por eles. A gente não sabe se anterior ou posterior ao evento morte".
O delegado acrescentou que os suspeitos foram reconhecidos como Carlos de Sousa Filho e Josimar Silva Santos, ambos com 28 anos. De acordo com ele, os suspeitos presos não confessaram o crime, mas alguns elementos confirmaram a prática do delito por parte deles.
“Eles não confessam. Um tenta atribuir ao outro a autoria delitiva, mas nós colhemos alguns elementos que confirma a prática do delito por eles. Algumas testemunhas já foram ouvidas. Os policias militares que realizaram a condução dos indivíduos. De forma que a nosso sentido já temos elementos mínimos para realizar a prisão em flagrante deles”.
De acordo com o delegado Francisco Fontenele, a princípio os dois suspeitos foram autuados pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte). "A suma do Supremo Tribunal Federal diz que para o crime de latrocínio acontecer mesmo que não há subtração patrimonial se o evento morte ocorre o latrocínio é consumado", explicou.
Sobre a possibilidade da vítima ter sido abusada sexualmente, já que suas roupas foram encontradas levantadas, o delegado disse que aguarda o resultado do laudo cadavérico da idosa para constatar ou não o crime de violência sexual.
"Foi feito no próprio hospital de Peritoró a perícia, foi feita a coleta do material genético. O material vai ser posteriormente encaminhado para o Instituto de Genética Forense para que seja avaliado. Vamos esperar os laudos cadavéricos até mesmo para comprovar se ela foi ou não abusada sexualmente. Se do estupro tiver ocorrido a morte, aí já é uma qualificadora do estupro. Eles já não responderiam pelo latrocínio e sim pelo estupro qualificado pelo resultado morte. Tudo vai depender de como vier o laudo. A princípio eles respondem pelo crime de latrocínio, cuja a uma pena já é bem elevada de 20 a 30 anos. Agora o que a depender do que vier no laudo a situação deles pode se agravar”, finalizou o delegado Francisco Fontenele.