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21/05/2019 às 07h34m - Atualizado em 21/05/2019 às 11h01m

Fábrica vai beneficiar tilápia no Sertão de Pernambuco

Uma cooperativa está investindo neste ano R$ 4 milhões, provenientes do Programa Estadual de Apoio ao Pequeno Produtor Rural (ProRural), com financiamento do Banco Mundial.

tilapia 

O potencial do mercado para a tilápia é tão grande quanto a rápida ascensão que esse peixe, de origem africana, mas já bem popular no País, teve nos pratos do mundo todo. Mais: se forem feitos os procedimentos corretos, até 100% do animal pode ser aproveitado, potencializando os lucros dos criadores. É no que aposta a Cooperativa Aquícola de Petrolândia, cidade do Sertão onde se encontra a maior produção de Pernambuco. A cooperativa está investindo neste ano R$ 4 milhões, provenientes do Programa Estadual de Apoio ao Pequeno Produtor Rural (ProRural), com financiamento do Banco Mundial. Os recursos serão usados na construção de uma fábrica de beneficiamento capaz de dobrar a produção e os lucros da entidade.

“Apesar de toda a concorrência que existe nesse mercado, tanto nacional quanto internacional, ainda há espaço para crescermos mais”, afirmou o presidente da cooperativa, Edísio Cruz, que cria tilápias há doze anos. De acordo com ele, há várias associações na região, mas a de Petrolândia tem mais de 60 tanques, cuja capacidade ainda não chegou ao limite. E ainda serão construídos outros. A capacidade, assim que a obra estiver pronta, pode chegar a mais de 2 mil toneladas ao ano, já que há tempos se produz mais de 100 toneladas de tilápia ao mês na região. A capacidade ociosa é de quase 70%.

“Poderemos chegar a mercados que ainda não entramos, por falta do beneficiamento. Atualmente, só podemos vender nosso produto in natura, em feiras livres próximas”, afirmou ele, que passou a criar tilápia incentivado pela chegada da fábrica da Netuno à região (hoje a empresa tem sua própria criação do pescado). “Nosso objetivo é que, após a fábrica pronta, o mercado envolvendo só nossas associações movimente até R$ 11 milhões ao ano, apenas com o peixe como alimento, fora os outros usos, como a pele e a espinha (essa última usada como farinha em ração de animais”, analisou.

CHINA

O Brasil é o quarto maior produtor de tilápia no mundo, de acordo com dados da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR). O País fica atrás da China, Indonésia e Egito. Foram 400.280 toneladas em 2018, quase 12% a mais que em 2017. Pernambuco está na 15ª posição, com 23 mil toneladas produzidas. O estado que mais produz é o Paraná (123 mil toneladas). No Nordeste, a Bahia lidera, com 24.600 toneladas.

E o rio corre na direção do peixe brasileiro, este ano, devido ao conflito comercial entre China e Estados Unidos. Ambos os países estão se sobretaxando numa queda de braços que causa turbulência no mercado financeiro, mas tende a beneficiar setores específicos. No caso, os Estados Unidos podem buscar novos mercados produtores para comprar tilápia, já que a China abastece 25% dos EUA com seu pescado, atualmente. Internacionalmente, o preço já subiu.

ESPAÇO

Recentemente, foi notícia internacional que amostras de tilápia usadas na cicatrização de queimaduras, em método criado pelo médico pernambucano Marcelo Borges, irão ao espaço. O projeto da ONG Instituto de Apoio ao Queimado foi escolhido pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA) para ser testado na órbita da Terra, através de uma competição internacional de ciência. A ideia é saber como a pele se comporta nas condições mais extremas do espaço, com outra pressão e gravidade, e exposta a bem mais radiação espacial. Borges pesquisa as peles do peixe desde 2011. A pele do peixe reduz a dor da queimadura em 50% a um custo 57% menor que os tratamento convencionais.

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