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29/05/2021 às 20h37m - Atualizado em 29/05/2021 às 22h14m

Atos contra Bolsonaro tomam as ruas de várias capitais do país

O descaso frente à pandemia e o atraso na vacinação estão entre as principais críticas dos manifestantes que pedem o impeachment do presidente

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Com a crítica ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação ao enfrentamento à pandemia como pauta principal e em resposta aos atos a favor do governo realizados nos últimos fins de semana, protestos estão acontecendo neste sábado, 29, em todo o país. Até o meio da tarde, manifestantes de mais de 80 cidades em 24 estados já tinham tomado às ruas com faixas e cartazes com palavras de ordem como “Vacina Já”, “Fora Bolsonaro” e “Impeachment Já”. Vários dizeres também faziam questão de lembrar que o Brasil já contabiliza quase meio milhão de mortos em decorrência da Covid-19.

Em Brasília, a manifestação se concentrou pela manhã, às 9h, próximo ao Museu Nacional da República e desceu pela Esplanada dos Ministérios, ocupando todas as seis faixas da via. Um grande boneco inflável de Bolsonaro, caracterizado com o bigode ao estilo de Adolf Hitler e com as mãos sujas de sangue, chamava a atenção. Durante o protesto, os participantes, além de criticarem o governo federal e pedirem pela aceleração do ritmo de vacinação no país, ampliaram as reivindicações: saíram em defesa do auxílio emergencial, da valorização da educação e do Sistema Único de Saúde (SUS), além de repudiarem à violência contra os povos indígenas.

No Distrito Federal,  os protestos tiveram o apoio de representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), entre outros. Embora tenha reunido milhares de pessoas, a Polícia Militar informou que não calculou um número oficial de participantes. “O ato de foi feito por pura necessidade, porque nós temos um governo que está promovendo o genocídio no nosso país. Está matando de Covid, ao ter recusado mais de 10 ofertas de vacina. Está matando de fome, porque instituiu um auxílio emergencial totalmente insuficiente”, argumenta Bruno Zaidan, coordenador do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UNB (Universidade de Brasília) e um dos organizadores do ato em Brasília.

Além de Brasília, os protestos atingiram cidades em todas as regiões do país. Os maiores atos de repúdio à Bolsonaro aconteceram em capitais como Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Belém (PA), João Pessoa (PB), Brasília (DF), Salvador (BA), Aracaju (SE), Maceió (AL), Teresina (PI), Recife (PE), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e São Luís (MA). Assim como no Distrito Federal, que teve o presidente como alvo central, as manifestações espalhadas pelo país abarcaram várias reivindicações sociais. Em vários locais havia faixas contra as privatizações da Eletrobras e dos Correios e cartazes pedindo solução para crimes como o do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), ocorrido em março de 2018 no Rio de Janeiro e até hoje sem um desfecho.

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