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26/06/2025 às 05h55m - Atualizado em 26/06/2025 às 05h56m

Número de crianças baleadas no Grande Recife é recorde, diz instituto Fogo Cruzado; são 11 vítimas no total.

Este é o maior número de vítimas dessa faixa etária registrado pela entidade, nos últimos seis anos.

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Desde o começo deste ano até o dia 15 de junho, oito crianças de 0 a 11 anos foram baleadas no Grande Recife, segundo dados do Instituto Fogo Cruzado. Este é o maior número de vítimas dessa faixa etária registrado pela entidade, nos últimos seis anos.

No entanto, após o período contemplado pelo instituto, o g1 publicou reportagens sobre outras três crianças atingidas por tiros no Grande Recife, somando 11 vítimas no total.

O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (25), compreende o período que vai de 1º de janeiro a 15 de junho. Segundo o instituto, das oito vítimas, duas morreram. Os quantitativos de casos registrados nesse mesmo intervalo nos últimos anos foram os seguintes:

  • 2019: cinco crianças, todas feridas;
  • 2020: quatro crianças, uma morta e três feridas;
  • 2021: três crianças, todas feridas;
  • 2022: seis crianças, duas mortas e quatro feridas;
  • 2023: três crianças, uma morta e duas feridas;
  • 2024: cinco crianças, duas mortas e três feridas.

De acordo com a cientista social Ana Maria Franca, coordenadora do Instituto Fogo Cruzado no estado, o Grande Recife é a região com mais registros entre as quatro áreas mapeadas pela instituição, incluindo as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (RJ), de Salvador (BA) e de Belém (PA).

"Recife sai na frente no número de adolescentes baleados. Isso já é um dado que a gente vem falando. Só que esse ano a gente está vendo um aumento [...]. Então, a gente está vendo agora crianças sendo baleadas justamente nessa situação em que outras pessoas são alvos dos tiros e elas [crianças] acabam sendo feridas", afirmou a pesquisadora.

Mesmo quando não são atingidas, o trauma de presenciar vítimas de tiroteios acompanha a vida dos jovens.

"São marcas que ficam para além das feridas físicas. Muitos casos a gente não consegue registrar, porque [as crianças] não são baleadas, mas elas presenciam essas mortes, muitas vezes de parentes e pessoas que elas já conhecem. E essa marca vai ficar, é um trauma", lembra Ana Maria Franca.

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