14/07/2019 às 11h33m - Atualizado em 14/07/2019 às 13h08m
Militar do Exército e universitário são presos com mais de mil comprimidos de ecstasy e 1.700 pontos de LSD
Segundo a Polícia Civil, o cabo do Exército seria o fornecedor de entorpecentes para quadrilhas no Grande Recife. Drogas estão avaliadas em R$ 105 mil. Outro homem também foi capturado.
Fonte: G1PE
Um cabo do Exército, um universitário e outro homem foram presos no Recife por tráfico de drogas. A Polícia Civil informou, nesta sexta (12), que apreendeu com eles mais de mil comprimidos de ecstasy, 1.700 pontos de LSD, além de 40 gramas de cocaína, 50 gramas de MDMA, quatro gramas de haxixe e maconha. O material está avaliado, segundo a corporação, em R$ 105 mil.
De acordo com o delegado Carlos Couto, responsável pelas investigações, o cabo Henrique Pacheco de Oliveira, de 26 anos, atuava como o fornecedor e entregava as drogas para os outros dois homens.
Também foram presos o estudante universitário Marcelo André Gomes Campos, de 19 anos, e Dayvid Vitor de Oliveira França, de 21 anos. Os homens foram autuados pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.
"Pelas investigações, ficou claro que o grupo é todo interligado, tendo como ponto-chave o cabo do Exército Henrique, que fornecia as drogas sintéticas não só para esse grupo, mas para outros, de toda a Região Metropolitana do Recife", diz o delegado.
As prisões foram realizadas na terça-feira (9), um dia depois que os policiais da Delegacia de Jardim São Paulo, na Zona Oeste, receberam informações sobre uma possível entrega de comprimidos de ecstasy em um posto de combustíveis em Casa Amarela, na Zona Norte. A droga sairia do bairro do Sancho, também na Zona Oeste.
"No dia 8 [segunda-feira], conseguimos identificar um veículo supostamente envolvido na transação de drogas. Por volta das 15h20 do dia seguinte, abordamos o carro, no Terminal da Macaxeira [Zona Norte]. Foram encontrados 40 gramas de cocaína. À noite, detivemos um segundo indivíduo, no bairro do Derby [Centro da cidade], quando ele tentava entregar três gramas de MDMA", afirma o delegado.
Ainda segundo Carlos Couto, a partir das duas prisões realizadas, foi possível chegar ao cabo do Exército, suspeito de fornecer o entorpecente. "Essas drogas eram vendidas no atacado e varejo, para outros distribuidores, pelas redes sociais, e também nas próprias festas de música eletrônica, que são os principais pontos de venda desses psicotrópicos", explica Carlos.
Na casa do Henrique, segundo a polícia, foram encontrados cerca de 1.700 pontos de LSD, bem como cerca de mil comprimidos de ecstasy, de origens nacional e importada, 40 gramas de MDMA, haxixe e maconha.
"O próprio Henrique se surpreendeu com toda essa quantidade que ele mantinha em depósito. Tudo indica que essa droga vinha pelos Correios, de outros estados, principalmente de São Paulo. A gente tem apenas a primeira prisão em flagrante e as investigações continuam para desarticular não só esse grupo, mas outros que têm envolvimento", afirma o delegado.