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23/07/2015 às 11h41m - Atualizado em 23/07/2015 às 11h49m

Falecidos em 23 de julho, Ariano e Dominguinhos deixaram suas marcas na história de Pernambuco

A data marca a passagem do primeiro ano sem Ariano e do segundo ano sem Dominguinhos.

José Domingos de Moraes, nasceu em 12 de fevereiro de 1941 em Garanhuns, no Agreste Pernambucano. O nosso Dominguinhos é considerado um dos mais importantes sanfoneiros do país e herdeiro cultural de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.

Ariano Vilar Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927 na cidade de Nossa Senhora das Neves, atual João Pessoa, mas se intitulava natural de Taperoá, onde passou a infância e parte da vida adulta. Em vida, Ariano dizia que era paraibano de nascimento e pernambucano de coração, atribuindo a maternidade à sua terra natal e a paternidade ao local onde escolheu viver e criar os filhos, netos e bisnetos. Foi aqui que ele conheceu o Sport, time pelo qual era apaixonado de coração.

Foi também o Leão da Ilha o time escolhido por Dominguinhos para torcer durante toda a vida. Tanto o escritor quanto o músico eram assumidamente apaixonados pelo clube. A diferença é que Ariano não fazia questão nenhuma de esconder.

Dominguinhos é autor de clássicos como “Eu só quero um xodó”, “De volta do pro meu aconchego” e “Isso aqui tá bom demais”. Além do forró, o pernambucano se envolveu com o samba, com o jazz. Fez sucesso no mundo inteiro criou polêmica póstuma por ter sido enterrado em Recife e não em Garanhuns. Dois meses depois, com autorização judicial, um cortejo finalmente levou Dominguinhos de volta para o seu aconchego.

Ariano escreveu romances, contos, peças de teatro, poesias e diversos formatos de artigos. Foi membro das academias Pernambucana e Brasileira de Letras. Foi secretário de Cultura de Pernambuco no governo de Miguel Arraes (1994-1998) e secretário de Assessoria do ex-governador Eduardo Campos até abril de 2014, quando o político também falecido deixou o cargo para se candidatar a presidente da República.

De Garanhuns a Taperoá, Dominguinhos e Ariano reuniram incríveis diferenças políticas e pessoais ao longo da vida, mas as datas das suas partidas convergem para o mesmo 23 de julho. Nesta quinta-feira, pernambucanos de todos os cantos lembram a passagem do segundo ano sem Dominguinhos e do primeiro ano de falecimento de Ariano.

Homenagens – Nesta manhã, 50 se reuniram em uma missa para marcara a passagem da morte do mestre Dominguinhos. A celebração religiosa e musical começou às 7h no restaurante Arriégua, na Várzea, Zona Oeste do Recife. Em seguida, um café da manhã reforçado foi servido aos presentes. O local era frequentado pelo artista que faleceu aos 72 anos em decorrência de complicações de um câncer no pulmão. Outra missa será realizada às 18h desta sexta-feira na Capela do Parque da Jaqueira com a presença da viúva de Dominguinhos, Guadalupe, e da filha do músico, Lív Moraes.

Já a família de Ariano Suassuna, que faleceu em decorrência de um acidente vascular cerebral, marcou uma cerimônia religiosa privada para lembrar a data. No próximo domingo (26), haverá uma missa na Ilumiara Pedra do Reino, em São José do Belmonte, Sertão de Pernambuco, com a presença do artista plástico Manuel Dantas Suassuna, filho do escritor. Também estarão presentes a cantora Isaar França, violeiros, cantadores, coral e banda de pífanos. A homenagem é organizada pela Associação Cultural Perdra do Reino.


Escrito por Luiza Falcão da Rádio Jornal

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