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26/10/2016 às 12h17m - Atualizado em 26/10/2016 às 14h41m

Entidades cobram posicionamento do Estado sobre mortes na Funase de Timbaúba

Gajop, Conselho Tutelar e Comissão de Direitos Humanos da Alepe dizem que há denúncias de maus tratos e torturas.

Representantes da sociedade civil e da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa cobram explicações do governo de Pernambuco em relação às mortes de três adolescentes que cumpriam medida socioeducativa no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Timbaúba. Os rapazes morreram na madrugada desta terça-feira após uma rebelião na unidade. Outros oito internos ficaram feridos.

"Hoje foi em Timbaúba, mas estamos falando de um sistema falido, que viola os direitos humanos e não ressocializa os jovens. Pernambuco é o Estado com maios número de mortes dentro do sistema socioeducativo. Foram 32 assassinatos dentro das unidades no últimos cinco anos, de 2012 a 2016. O governo estadual precisa assumir a responsabilidade disso. Há um sério problema de gestão'', afirma Romero Silva, membro do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop).

Segundo André Torres, conselheiro tutelar de Recife, um grupo de conselheiros de Goiana foi impedido recentemente de fazer uma fiscalização na unidade de Timbaúba. "Essa tragédia de hoje vinha sendo anunciada há muito tempo", diz André.

Assessor jurídico da Comissão de Direitos Humanos da Alepe, Rafael Vasconcelos disse que há denúncias de tortura e agressões dentro das unidades da Funase. "Convocamos o secretário Isaltino Nascimento (Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança r Juventude) para prestar esclarecimentos e mostrar soluções. Ele deve comparecer no próximo mês à Alepe", explica.

Romero, André e Rafael estiveram na manhã desta terça-feira no Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, área central do recife, para dar apoio às famílias dos três rapazes mortos.

Fonte: JC Online
Foto: Ricardo Labastier / JC Imagem

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