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15/11/2019 às 11h14m - Atualizado em 15/11/2019 às 11h48m

Menina de cinco anos morre ao ser atingida por bala perdida a caminho da escola no Rio de Janeiro

Kethellen de Oliveira Gomes foi a sexta criança morta por disparo de arma de fogo no estado do Rio em 2019

rio_de_janeiro-bala_perdidaFolha de São Paulo

Kethellen Umbelino de Oliveira Gomes, 5anos, morreu após ser atingida por disparo de arma de fogo. A menina ia para a escola com sua mãe quando foi baleada em Realengo, na zona oeste.

A criança foi encaminhada para o hospital municipal Albert Schweitzer, mas não resistiu aos ferimentos. O sepultamento foi realizado na tarde desta quinta (14).

Um jovem de 17 anos, Davi Gabriel Martins do Nascimento, também foi atingido e morreu no local. Os tiros partiram de um carro na praça da Cohab.

A Polícia Civil prendeu Thiago Porto, 32, conhecido como Thiago Cabeça, sob suspeita de ter participado do assassinato. Ele faz parte de uma milícia que atua na região.

Contra Thiago já havia dois mandados de prisão pendentes pelo crime de homicídio. Ele foi conduzido para a Delegacia de Homicídios da Capital, que investiga os assassinatos desta terça.

A reportagem foi ao local do crime e conversou com moradores da região. Eles disseram que Davi tinha passagens por roubo e que foi morto por milicianos da região do Barata. A milícia quer coibir a venda de drogas e os assaltos, frequentes na área.

Segundo relatos, três homens vestidos com toucas ninja atiraram seis ou sete vezes contra o jovem, que morreu no local. Um dos tiros acabou atingindo Kethellen.

O crime ocorreu por volta da 13h, horário de entrada na escola. Há cerca de cinco colégios na região. Quando a criança foi atingida, ainda segundo moradores, a mãe se deitou ao seu lado no chão e gritou por socorro.

Um comerciante das redondezas onde ocorreram as mortes disse à reportagem que nos últimos meses a milícia tem intensificado o controle sobre a área, revistando os jovens e impedindo a reprodução de funks que fazem alusão ao tráfico.

De acordo com ele, a milícia cobra taxa de segurança de R$ 50 semanais e monopoliza a venda de gás e cigarro na região. O comerciante não quis se identificar, com medo de represálias.

A reportagem também entrou em contato com uma tia da menina, que disse que Kethellen foi atingida na perna e que chegou a passar por cirurgia.

Kethellen foi a sexta criança morta por disparo de arma de fogo no estado do Rio de Janeiro em 2019.

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