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30/11/2023 às 13h18m - Atualizado em 30/11/2023 às 18h43m

Garotas 'vendidas' pela mãe em troca de crack ficaram viciadas e uma delas contraiu HIV, diz polícia

O caso foi desvendado com a prisão da mulher de 40 anos que vive em situação de rua, e explorou as filhas por quatro anos. As vítimas eram submetidas a prostituição em um casarão abandonado.

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A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) detalhou, na manhã desta quarta (29), o grave histórico de crimes praticados por uma mãe contra as próprias filhas. 
 
 
O caso envolve o uso de drogas, prostituição, perseguição e estupros de vulnerável de duas adolescentes, no bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife.
 
Por causa dos crimes cometidos pela mulher, as filhas ficaram viciadas em crack e uma delas contraiu HIV.  
Em entrevista coletiva, na sede da Polícia Civil, na capital pernambucana, o delegado Luiz Alberto Braga falou sobre a prisão da mãe, de 40 anos, e o que aconteceu com essa família. 
 
O titular da Delegacia da Várzea afirmou que ela é a mãe das duas jovens, que começaram a ser exploradas com 10 e 12 anos e hoje têm 15 e 17 anos.
 
Durante quatro anos, elas  foram submetidas ao uso de crack, prostituição e estupros, praticados em um casarão abandonado que fica na Rua Azevedo Coutinho, na Várzea. 
 
E o pior.  Tudo iso para manter o vício em drogas da mãe, que é usuária de  crack e vive em situação de rua. 
 
Ela foi autuada pelo crime de perseguição, após intimidar e perseguir familiares que acolheram as duas jovens.
 
As duas estão internadas em uma clínica de reabilitação pelo vício no uso de crack. Nos finais de semana, eram acolhidas na casa de uma tia materna, que adotou as adolescentes.
 
Foi daí que a mãe delas começou a perseguir as duas, na intenção de novamente submetê-las a prostituição. 
 
 
Violência
 
De acordo com a polícia, a vítima mais velha acabou contraindo HIV durante os estupros que sofreu para manter o vício da mãe. 
A coorporaçáo afirmou que as duas eram “vendidas” para que a mãe recebesse crack em troca da prostituição das filhas. 
 
A mulher foi presa há cinco anos por tráfico de drogas, mas atualmente estava em regime semiaberto.
Qunado saiu da cadeia, ela retornou a perseguir as filhas para voltar a submetê-las a um ciclo de dogas e  prostituição. 
 
“A mãe estava perseguindo elas. As duas estão internadas numa clínica de reabilitação, porque estão viciadas em crack, mas nos finais de semana ficam sob os cuidados de uma tia. Foi daí que a mãe voltou a perseguir as filhas. Iniciamos as investigações para saber o motivo dessa perseguição. Descobrimos que essa mãe quando morava com as meninas, há quatro anos atrás, submetia elas ao uso de crack e a prostituição em troca de entorpecentes”, detalhou o delegado responsável pelo caso, Luiz Alberto Braga, da Delegacia da Várzea.  
 
O delegado disse que , no casarão, as garotas eram estupradas em troca de drogas. 
 
“Usava o Casarão, um local abandonado, para submeter as crianças a prostituição. A mãe ‘vendia’ elas por troca de drogas. Inclusive, as filhas foram viciadas em crack. Ela ficou quase dois anos praticando os crimes”, apontou o delegado. 
 
Ainda segundo ele, as investigações continuam para identificar a séria de estupros que as meninas sofreram durante o período em que se prostituíam de forma forçada pela própria mãe.  
 
“A gente diligenciou e conseguimos prender a mãe por perseguição.
As investigações continuam para evidenciarmos a séria de estupros de vulnerável que as duas vítimas sofreram. Destaco que a mais velha, contraiu HIV durante esses estupros”, complementou o delegado. 
 
Histórico familiar 
 
Ainda de acordo com o delegado Luiz Alberto Braga, a mãe presa por perseguir e obrigar as filhas a se prostituir têm um histórico de antecedentes criminais e também influenciou outros dois filhos a usarem drogas.
 
De acordo com o investigador, além das duas adolescente envolvidas com prostituição, a mulher também tem outros quatro filhos. 
 
Um deles, ela abandonou com apenas 1 mês de vida, no qual vizinhos acolheram a criança. Outra filha da suspeita têm histórico em vício no uso de crack. 
 
Um outro filho da suspeita tem passagem pela polícia por roubo, também cometido no bairro da Várzea. Já um outro filho dela foi abandonado pela mãe e encontra-se desaparecido. A polícia está investigado o paradeiro dele.

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