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03/12/2018 às 16h26m - Atualizado em 03/12/2018 às 16h27m

Morre no Hospital da Restauração rapaz baleado pelo próprio pai que é sargento da Polícia Militar

Diêgo Lima Carvalho, 25 anos, foi baleado quando tentava impedir uma briga entre os seus pais. Irmão também foi alvejado

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Morreu, no Hospital da Restauração (HR), o jovem Diêgo Augusto Francisco de Lima Carvalho, de 25 anos. Ele foi baleado pelo pai, o sargento da Polícia Militar Moisés Fransciso de Lima Carvalho, 49, enquanto tentava proteger a mãe em uma discussão no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, no domingo (2). O irmão de Diêgo, Moisés Francisco de Lima Carvalho Filho, 28, também foi alvejado e, segundo as últimas informações, não corre risco de morte.

De acordo com a Polícia Civil, os tiros foram efetuados enquanto os filhos tentavam impedir uma briga entre o policial e a companheira. Conforme informações iniciais, o sargento era alcoólatra. Moisés foi preso por policias do 13º Batalhão, o mesmo onde ele trabalhava, e levado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). No HR, Diêgo passou por cirurgia para retirada do projétil, mas não resistiu aos ferimentos. O irmão está internado no Hospital Getúlio Vargas, na Zona Oeste da capital.

A PM informou que Moisés já estava afastado da atividade-fim, pelo Núcleo de Apoio ao Dependente Químico, por causa do alcoolismo, atuando apenas na área administrativa. Ele teria um histórico de desentendimento com vizinhos, além de ter o costume de colocar música com som muito alto, o que incomodava os moradores da redondeza. Para familiares, devido ao comportamento dele, o caso se trata de uma tragédia anunciada.

O LeiaJá encontrou em arquivos da Secretaria de Defesa Social (SDS) documentos mostrando que o policial já foi parar na Justiça Militar pelo menos duas vezes por fatos ocorridos no exercício de sua função. Em 2007, Moisés foi denunciado pelos artigos 195 (abandono de posto) e 315 (uso de documento falso) do Código Penal Militar. Em 2015, ele foi flagrado com viatura ligada e parada por mais de quatro horas no bairro do Fundão, do Recife, e acabou pegando uma punição de 11 dias de prisão.

Nesta segunda-feira (3), o sargento deverá ser apresentado em audiência de custódia, para que seja confirmada ou não sua prisão preventiva. O corpo do filho que morreu segue no Instituto de Medicina Legal (IML) da capital. Além do processo crimional, o investigado também será alvo de um procedimento administrativo disciplinar na Polícia Militar.

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