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06/02/2020 às 02h17m

Polícia abre inquérito para apurar denúncia de racismo em escola particular de Maceió, AL

Professora negra denunciou que diretora sugeriu que estudantes levassem chicote de couro para lembrar à educadora do tempo da escravidão.

 

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A professora do ensino médio Thaynara Cristina Silva, 25, que trabalha no Colégio Agnes, no bairro do Trapiche, em Maceió, denunciou à Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (5) que foi vítima de um ato racista promovido pela diretora e proprietária da unidade de ensino.

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso de uma professora negra que denunciou um ato racista da diretora de um colégio particular no bairro do Trapiche, em Maceió. A OAB-AL vai acompanhar a investigação.

A delegada Maria Tereza Ramos falou sobre os próximos passos depois que a denúncia chegou à polícia.

"A vítima deverá ser ouvida, indicar pessoas que presenciaram o fato ou tomaram conhecimento. Posteriormente a oitiva da vítima, é chamada a autora para ser indiciada e relatado o inquérito para ser encaminhado à Justiça", disse Maria Tereza.

De acordo com a delegada Maria Tereza Ramos, casos de racismo são cada vez mais denunciados.

"As pessoas tem tido a consciência de quem não devem ser calar quando sofrerem um ato de racismo. Eles procuram seus direitos e isso é levado avante até a conclusão do inquérito", disse a delegada.

O presidente da Comissão da Promoção da Igualdade Social, Alberto Jorge, disse que a OAB-AL vai acompanhar a apuração.

"Esse caso não se trata de injúria racial, que seria o termo circunstanciado, mas é um caso típico de racismo", explicou Alberto Jorge.

Segundo a Comissão da Promoção da Igualdade Social da OAB-AL, três casos de racismo foram registrados em Alagoas em 2020. De 2016 a 2019, foram 28 casos.

Um levantamento do Ministério da Mulher, da Família e Direitos Humanos revelou que Alagoas é o 5º estado do Nordeste em número de ofensas racistas e preconceituosas.

A diretora Sueli de Oliveira não quis gravar entrevista, mas o outro diretor, Matheus Oliveira, disse que a instituição repudia qualquer tipo de preconceito e discriminação.

"Repudiamos qualquer tipo de preconceito e discriminação, tanto racial quanto sexual e de classe social. A gente mantém uma política de repúdio a qualquer tipo de preconceito e discriminação. Tanto que aqui no colégio nós fazemos conscientização disso durante vários anos. O colégio está tomando as providências pra resolver essa situação da melhor maneira possível", disse Oliveira.

As informaçõessão do G1 AL

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