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16/03/2022 às 00h27m - Atualizado em 16/03/2022 às 07h03m

Novo empréstimo para o setor elétrico vai deixar conta de luz mais cara em 2023

Aprovado pela Aneel, socorro evitará aumento expressivo este ano, mas será pago pelos consumidores com juros no ano que vem

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A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (15) um novo empréstimo ao setor elétrico que envolverá até R$ 5,3 bilhões. Os recursos serão usados para bancar medidas adotadas para evitar falhas no fornecimento de energia em 2021, quando o País enfrentou uma grave escassez nos reservatórios.

O socorro financeiro irá evitar um aumento expressivo nas contas de luz neste ano, mas será pago pelos consumidores a partir de 2023, com juros.

A operação foi autorizada por Medida Provisória pelo governo federal em dezembro do ano passado.

-Relator O valor aprovado nesta terça está abaixo do previsto inicialmente pelo diretor-relator do processo, Efrain da Cruz, cujo teto era de R$ 5,6 bilhões. Os valores dos itens considerados no empréstimo, no entanto, foram revistos pela área técnica da agência reguladora durante o período em que o assunto foi submetido à consulta pública.

Os recursos serão usados para cobrir:

  • O saldo da conta Bandeiras estimado para abril deste ano;
  • Os custos da importação de energia referente aos meses de julho e agosto de 2021;
  • Giferimentos devidos às distribuidoras de energia
  • Bônus para consumidores que economizaram energia no ano passado.

O objetivo é evitar que esses custos extras sejam repassados para as contas de luz em 2022 por meio de expressivos reajustes nas tarifas, ano de eleições presidenciais.

Rombo bilionário

A princípio, a agência reguladora calculou que a conta Bandeiras, que reúne recursos arrecadados via cobrança das chamadas bandeiras tarifárias, chegaria a abril deste ano com rombo de R$ 1,5 bilhão. No cálculo final, foi considerado um déficit de R$ 540 milhões.

A diferença deve-se ao início das chuvas e à melhora nos reservatórios nos últimos meses, o que permitiu que o governo reduzisse o custo e a quantidade de térmicas em uso no País. Em 2021, até as usinas mais caras foram acionadas para garantir o abastecimento.

Os custos da importação de energia referentes aos meses de julho e agosto de 2021, que somaram R$ 800 milhões, e do bônus para consumidores que economizaram energia no ano passado, calculado em R$ 1,7 bilhão, foram mantidos.

Já os diferimentos devido às distribuidoras subiram de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,33 bilhões, pois passaram a considerar os valores que serão repassados em processos tarifários até abril deste ano, quando está prevista a liberação do empréstimo. Segundo dados da Aneel, esse repasse para as empresas representa uma redução média de 2,69% nas tarifas em 2022.

A Medida Provisória editada pelo governo prevê ainda a possibilidade de uma segunda etapa de empréstimo, voltada para cobrir os custos do leilão emergencial realizado no ano passado para contratar térmicas. Esse valor foi estimado pela agência reguladora em até R$ 5,2 bilhões, totalizando um empréstimo de até R$ 10,5 bilhões.

Mas, segundo apurou o Broadcast Energia (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), há poucas chances de essa parcela ser liberada.

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