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04/07/2022 às 07h02m - Atualizado em 04/07/2022 às 07h43m

Chuva forte provoca transtornos na Mata Sul e no Agreste de Pernambuco

Dezoito cidades foram as mais afetadas, segundo balanço da Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe). Em Correntes, cerca de 500 ficaram desalojados

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Dezoito cidades foram as mais afetadas, segundo balanço da Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe). Embora os temporais tenham causado alagamentos e quedas de barreiras no interior, não houve registro de mortes.

Cinco pessoas ficaram feridas, mas sem gravidade, conforme o secretário executivo de Defesa Civil, Leonardo Rodrigues: quatro em Itaíba e uma em São Benedito do Sul.

Em Maraial, cinco pessoas que estavam ilhadas na zona rural, numa comunidade chamada Sertãozinho, precisaram ser resgatadas por uma aeronave do Corpo de Bombeiros.

"Como a Apac havia emitido alerta de chuva forte nessas regiões, na sexta-feira (1), as defesas civis municipais estavam de prontidão, com seus planos de contingência ativados. Tivemos alagamentos, pequenos deslocamentos de encostas, comunidades rurais ilhadas", explica Leonardo Rodrigues.

As cidades mais afetadas foram: 

  • Água Preta
  • Angelim
  • Barreiros
  • Bom Conselho
  • Canhotinho
  • Correntes
  • Cortês
  • Itaíba
  • Jaqueira
  • Quipapá
  • São Benedito do Sul
  • Maraial
  • Tamandaré
  • Lagoa do Ouro
  • Palmerina
  • Brejão
  • Garanhuns
  • Palmares

Na cidade de Correntes, no Agreste, o secretário de governo do município, Edimilson da Bahia, disse que os rios Correntes e Mundaú transbordaram e a situação é crítica. A cidade, a 250 km do Recife, foi uma das que mais sofreram. 

"A cheia invadiu a parte baixa da cidade praticamente toda. Há cerca de 500 desalojados", disse. As pessoas que precisaram sair de casa foi levadas para prédios públicos como escolas e creches.

No final da manhã, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que ocorreu uma interdição total no quilômetro 126 da BR-424, em Correntes, por causa de rachaduras verificadas na ponte que dá acesso ao município. A área foi liberada após o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) constatar que não há comprometimento da estrutura.

Em Quipapá, na Mata Sul, houve interdição total do quilômetro 144 da BR-104 devido à queda de barreira. Na cidade, a chuva também elevou o nível do Rio do Choque. "Estou muito impressionado. Moro há 14 anos aqui e nunca vi tanta chuva como agora. Desde quinta-feira que chove bastante", conta o professor Ederval Trajano.

Na cidade de São Benedito do Sul, a água chegou ao telhado de algumas casas.

Bom Conselho, 25 famílias estão desabrigadas, segundo o prefeito João Lucas Cavalcanti. A situação mais crítica é no distrito de Brejo da Barra, onde vivem cerca de 3 mil pessoas.

"A ponte que dá acesso a Brejo da Barra caiu, por isso o distrito está ilhado. Um poste foi derrubado também. Temos 10 famílias desabrigadas lá que foram colocadas na escola municipal", explica João Lucas.

Os rios Papacacinha, Caborge e Paraíba, que estão bastante cheios, passam pelo povoado, por isso o transtorno maior, conta João Lucas.

O prefeito diz que chove forte na cidade há 48 horas. Equipes das Secretarias Municipais de Infraestrutura, Saúde e Assistência Social estão de plantão monitorando a chuva. Na zona urbana, 15 famílias estão num CRAS, um dos pontos de apoio montado pela prefeitura.

"Bom Conselho tem cinco pontes na cidade. Todas estão com a água quase transbordando. Na área rural as estradas vicinais foram bastante afetadas", informa João Lucas. O município tem cerca de 49 mil habitantes.

Em Bonito, na mesma região do Agreste, conforme o assessor de comunicação da prefeitura, Wagner Wilker, a cidade não sofreu tanto com inundações neste sábado. O único problema foi um pedaço de uma barreira que caiu na rodovia PE-103, por volta do meio dia. Mas não atingiu ninguém nem interrompeu o tráfego de veículos. Em meia hora, a prefeitura conseguiu desobstruir a estrada.

Já em Água Preta, o Rio Una encheu e provocou alagamentos em algumas ruas. As casas mais afetadas ficam na Rua do Campo, numa área mais baixa da cidade.

"Entre 10 e 15 famílias ficaram desabrigadas e estão no ginásio municipal. Também disponibilizamos carros para mudanças", explica o coordenador da Defesa Civil Municipal, Marcelo Barros.

 

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