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10/07/2020 às 22h27m - Atualizado em 11/07/2020 às 07h00m

Operação do Gaeco e Polícia Militar fecha bingos com dezenas de idosos em meio à pandemia de Covid-19 em São Paulo

Ação foi deflagrada pelo Gaeco e pela PM em Santos, no litoral paulista. Segundo as autoridades, 90% dos apostadores eram idosos e grande parte estava sem máscaras.

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Dois bingos clandestinos foram fechados em Santos, no litoral de São Paulo, em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Militar. Segundo apurado pelo G1 nesta sexta-feira (10), um dos locais abrigava mais de 20 clientes, e 90% deles eram idosos. A situação preocupou as autoridades ainda mais, devido à pandemia da Covid-19.

Um dos bingos clandestinos estava localizado no Gonzaga, um dos mais bairros mais movimentados da cidade. No local, foram constatadas 60 máquinas caça-niqueis em funcionamento, 27 apostadores e aproximadamente R$ 48.300. Policiais militares encontraram parte do dinheiro escondido no lixo e dentro do forro.

Conforme divulgado ao G1, a ação contou com 20 policiais militares do 6° Batalhão do Interior, alguns deles do pelotão de Força Tática, e dois promotores do Gaeco, do núcleo Baixada Santista. As equipes cumpriram dois mandados de busca e apreensão em dois endereços, desde às 14h desta quinta-feira (9).

No outro bingo clandestino, um sobrado localizado na Rua da Paz, no bairro Boqueirão, a uma quadra da praia, foram encontradas dez máquinas caça-niqueis em funcionamento, três apostadores e aproximadamente R$ 18.000.

De acordo com a PM, ao todo, 30 apostadores foram surpreendidos dentro dos dois bingos. Os espaços estavam totalmente fechados, não possuíam circulação de ar e a faixa etária média das pessoas era compatível com o grupo de risco da Covid-19. Nos locais, os policiais afirmam que encontraram todos aglomerados e sem máscaras.

"Havia muitos idosos. Constatamos que a grande maioria, algo em torno de 90% das pessoas que estavam nas casas, tinha mais de 60 anos de idade. Além da contravenção penal de exploração de jogo de azar, as investigações agora vão buscar identificar os proprietários dos estabelecimentos, apurar eventual delito de lavagem de dinheiro", diz o promotor do Gaeco, Vinicius Rodrigues França, em entrevista à TV Tribuna.

Além disso, o promotor afirma que também será investigada a questão do crime contra a saúde pública, já que várias normas por causa da pandemia não foram respeitadas. "Todos esses espaços são fechados, funcionam com o ar-condicionado ligado, e no local havia pessoas sem máscaras. Isso pode configurar o crime de periclitação da vida ", explica.

Em nota, a Guarda Civil Municipal (GCM) informou que foi acionada apenas para prestar apoio na Rua Euclides da Cunha, onde foi constatado o funcionamento de um bingo/cassino clandestino, mas que a ação foi deflagrada pelo Ministério Público com apoio da Polícia Militar.

Segundo a PM, muitos itens que estavam dentro dos bingos foram destinados para o Estado de São Paulo e órgãos da prefeitura. Os responsáveis pelos locais foram autuados no 7° DP de Santos por contravenção penal de exploração de jogo de azar. Um inquérito será aberto para identificar os proprietários dos espaços e outras pessoas envolvidas.

Do G1

 

 

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