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11/08/2017 às 09h46m - Atualizado em 12/08/2017 às 15h58m

Projeto beneficia mil estudantes pernambucanos com aulas de robótica

Um dos protótipos desenvolvidos pelos alunos será utilizado pelo poder público para reforçar segurança

investimento

Nada de quadro ou piloto. Desde 2013, estudantes de escolas públicas pernambucanas atendidos pelo projeto Aluno Presente na Robótica aprendem conceitos de todas as disciplinas a partir da programação de robôs. Os resultados impressionam até mesmo o poder público, que se inspirou em um dos protótipos criados por alunos da 7ª série para reforçar a segurança em Itapissuma, no Grande Recife.

A iniciativa é fruto da parceria entre a empresa pernambucana Dulino e as gestões de municípios da Região Metropolitana e do Agreste do Estado, além de um pequeno município baiano. “Percebemos que existe uma lacuna muito grande dentro do sistema educacional brasileiro. As escolas têm características do século 19, professores do século 20 e alunos do século 21. Ligado a isso, descobrimos que 40 % da taxa de evasão escolar, principalmente pública, se dá pela falta interesse do aluno na escola”, justifica o diretor-executivo da Dulino, Bruno Botelho.

Hoje, cerca de mil estudantes de 10 instituições de ensino são beneficiados. Entre eles está Victória dos Santos, 15 anos. Junto a dois colegas da escola onde estuda, em Igarassu, Grande Recife, ela desenvolveu um balanço adaptado para cadeirantes. “A gente criou esse projeto pensando na acessibilidade das crianças que ficam nas praças, isoladas, querendo brincar, mas não conseguem”, conta. O protótipo demorou 40 minutos para ficar pronto.

“Não trabalhamos somente o aprendizado escolar, mas o cidadão de uma forma geral. Buscamos explorar o respeito com a sociedade e o sentimento de cuidado com o outro”, destaca Vinícius Raphael Santiago, professor de robótica. Para ele, dentro do conteúdo, o projeto auxilia, principalmente, no entendimento de conceitos da área de exatas.

PODER PÚBLICO

A iniciativa acumula bons resultados. Em 2016, um drone foi criado por estudantes de Itapissuma, com idades entre 12 e 13 anos, para combater a violência no município. “Ele tem o poder de auxiliar várias comunidades de uma vez só. Pensamos na segurança da nossa cidade e de outras, que podem seguir o exemplo”, explica Gabriel Vinícius dos Santos, 12. Ao lado do colega Adriano Bandeira, 13, ele construiu o robô em apenas 100 minutos.

A ideia chegou até a prefeitura do município e, em julho, Guardas Municipais receberam uma capacitação para utilizar drones em ações de segurança. Os equipamentos inspirados no trabalho dos pequenos devem começar a ser usados já em 2018.

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