Vem para ubafibra | Ubannet (81) 3631-5600

03/09/2015 às 11h24m - Atualizado em 03/09/2015 às 13h25m

Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) estão reduzindo quadro de plantonistas

Segundo Gil Brasileiro, o enxugamento atinge plantões noturnos, ele não soube precisar quantos postos de trabalho estão sendo fechados, mas estima que chegue de 15% a 20%.

As 15 UPAS e oito UPAEs inauguradas desde 2010 são administradas por organizações sociais

Os cortes de pessoal nas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) de Pernambuco estão chegando a plantonistas médicos e dentistas. Gil Brasileiro, presidente da Federação dos Hospitais Filantrópicos de Pernambuco, entidade que congrega organizações sociais contratadas para a gerência das unidades, explica que o enxugamento foi negociado com a Secretaria Estadual de Saúde e atinge plantões noturnos. Ele não soube precisar quantos postos de trabalho estão sendo fechados, mas estima que chegue de 15% a 20%, considerando principalmente outros profissionais de saúde.

Os cortes atingiram primeiro o administrativo, serviço social, entre outras áreas. Nos plantões, as opções são reduzir o número de médicos, por especialidade. Em vez de dois, manter um pediatra, por exemplo.

Há informações de que pediatras já começaram a ser dispensados e a pedir demissão. Os cortes são motivados, conforme Brasileiro, pela crise. Os contratos com as OSs deveriam ter recebido este ano 10% de aumento, mas o reajuste não foi aplicado. Além da inflação maior e do congelamento por dez anos da tabela SUS, estão atrasados repasses estaduais.

As UPAs, por exemplo, ainda não receberam o pagamento estadual de julho. Cada uma recebe em média R$ 500 mil do Ministério da Saúde e R$ 700 mil do Estado, mensalmente. Mas pela primeira vez, este ano, os recursos começaram a atrasar. Isso implica em salários atrasados para os trabalhadores também.

Outros ajustes nas contas estão sendo feitos, nas unidades de pronto-atendimento e nos hospitais filantrópicos das mesmas organizações, também vinculados ao SUS. “No Tricentenário, cortamos o suco e a salada dos funcionários e dos acompanhantes dos pacientes”, conta Brasileiro. Compras de medicamentos passaram a ser semanais, diante da incerteza de recursos.


Por Verônica Almeida do Jornal do Comércio

Comentários

Comentário pelo Facebok
Outros comentário

Outras notícias