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14/09/2016 às 10h49m - Atualizado em 14/09/2016 às 10h57m

Caso Artur Eugênio: Júri popular começa nesta quarta (14), em Jaboatão

O médico Artur Eugênio Pereira foi morto a tiros em maio de 2014. Dois dos cinco acusados do crime serão julgados até terça-feira (20).

As informações são do G1 Pernambuco - Foto: Dele Wanderley/TV Globo

O julgamento de dois dos cinco acusados de envolvimento no assassinato do médico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, no dia 12 de maio de 2014, está marcado para começar nesta quarta-feira (14), no Fórum de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. A previsão é de que o júri popular termine na tarde de terça (20). Durante os sete dias, serão julgado os réus Cláudio Amaro Gomes Júnior e Lyferson Barbosa da Silva. O júri será presidido pela juíza Inês Maria de Albuquerque Alves, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Jaboatão dos Guararapes.

No inícío da manhã, antes do início dos trabalhos, os pais do médico, Maria Evani e Alvino Luís, familiares e amigos exibiram faixas e cartazes na frente do fórum. Eles pediam justiça.
A viúva de Artur, Carla Azevedo, participará do julgamento como testemunha e, por isso, não teve autorização para dar entrevistas.

O advogado da família, Daniel Lima, afirmou que acredita nas provas técnicas reunidas contra os acusados. "Estamos aqui não para fazer vingança, mas para fazer justiça", declarou.
Para a promotora Dalva Cabral, esse foi um processo longo. Todos adotaram cautela e cuidado. "A prova é límpida, clara. Eles são culpados e o que se espera é que seja feita justiça", afirmou. Segundo ela, Artur veio trabalhar no Recife a partir de um convite de um dos suspeitos. "Isso choca", declarou.

O júri
Ao todo, serão ouvidas sete testemunhas. Duas foram arroladas pelo Ministério Público de Pernambuco, uma pelo assistente de acusação e quatro pela defesa. Há, ainda, três peritos. Está prevista a exibição em vídeo do depoimento de 24 testemunhas, requisitadas pelo MPPE e pelo assistente de acusação, e ouvidas durante as audiências de instrução, em 2014.

No início do júri, haverá a escolha de sete jurados, dentre os 25 convocados, e o depoimento das testemunhas de acusação, de defesa e de três peritos. Em seguida, será exibia a mídia com o depoimento das 24 testemunhas de acusação. Posteriormente, os réus serão interrogados.

O caso
O médico Artur Eugênio foi assassinado a tiros, em 12 de maio de 2014. A polícia concluiu que o mandante do crime foi um colega de trabalho, o cirurgião Cláudio Amaro Gomes, que contou com a ajuda do filho, Cláudio Amaro Gomes Júnior, para executar o plano.

O cirurgião responderá por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima. Já o filho dele vai responder pelo mesmo crime, além de furto qualificado e dano qualificado, pelo uso de substância inflamável.

Cláudio Júnior, por sua vez, teria chamado Jailson Duarte César para contratar os homens que cometeriam o assassinato: Lyferson Barbosa da Silva e Flávio Braz de Souza. Jailson e Lyferson também responderão por homicídio duplamente qualificado, além do crime de dano qualificado. Flávio foi morto em uma troca de tiros com a Polícia Militar, em fevereiro de 2015. Cláudio, Cláudio Júnior, Jailson e Lyferson estão presos.

A juíza Inês Maria de Albuquerque Alves decidiu pela realização do júri popular, em agosto de 2015. A decisão foi tomada a partir dos laudos periciais e das audiências de instrução e julgamento, realizadas entre 14 de outubro de 2014 e 10 de junho de 2015. Ao todo, foram ouvidas cerca de 60 testemunhas, além dos quatro réus.

Detalhes
O médico Cláudio Gomes e o filho foram acusados de planejar a morte do cirurgião Artur Eugênio de Azevedo, que foi arrastado por dois homens na entrada do prédio onde morava, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, na noite de 12 de maio de 2014. O corpo dele foi encontrado no dia seguinte, com marcas de tiro, às margens da rodovia BR-101, em Jaboatão dos Guararapes.

O carro da vítima foi queimado e abandonado no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife. As investigações apontam que Cláudio Gomes e Artur, que já trabalharam juntos, tinham divergências profissionais, o que teria motivado o crime.

Artur era paraibano e atuava no Hospital de Câncer de Pernambuco, Hospital das Clínicas, Imip e Português. Ele tinha família em Campina Grande e era formado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O médico era benquisto e descrito como uma pessoa calma - o corpo dele foi enterrado no dia 15 de maio de 2014, em Campina Grande.

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