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23/10/2023 às 22h24m - Atualizado em 24/10/2023 às 06h52m

Dona de Fiat e Jeep confirma produção de carro elétrico em Goiana, Pernambuco

Fábrica onde são feitos os Jeep Renegade, Compass e Commander, a Ram Rampage e a Fiat Toro será a primeira do grupo no Brasil a produzir modelos eletrificados

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A Stellantis, grupo automotivo dono de marcas como Fiat, Jeep, Citroën, Peugeot e Ram, já havia anunciado a produção de carros híbridos nacionais a partir de 2024. Agora, a empresa confirmou que a fábrica de Goiana (PE) será a primeira a produzir os modelos eletrificados, além de informar que o local também fará veículos elétricos.

A tecnologia híbrida apresentada pela Stellantis neste ano é chamada de Bio-Hybrid e engloba o uso dos sistemas híbridos leve (MHEV), convencional (HEV) e o plug-in (PHEV). Todos eles terão um motor elétrico trabalhando junto de outro térmico, seja ele flex ou a etanol. E a marca também terá os BEV (Battery Electric Vehicle), que é a sigla universal para falar de carros elétricos.

Como Autoesporte contou em agosto deste ano, o primeiro carro híbrido da Stellantis será produzido e lançado no Brasil em 2024. Naquele momento, o grupo indicou também que os veículos elétricos serão fabricados no país a partir de 2030.

Além da produção em Goiana, a ideia da Stellantis é que a tecnologia Bio-Hybrid seja instalada nas linhas de montagem de Betim (MG) e Porto Real (RJ). Com isso, ficará disponível para todas as montadoras do grupo.

Segundo Antonio Filosa, o CEO do grupo automotivo na América do Sul, todas as marcas poderão utilizar as tecnologias. Porém, caberá a Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e Ram decidir quais são os produtos mais adequados a cada tecnologia e quando chegarão ao mercado.

Tudo isso faz parte do plano de descarbonização total das operações e de produtos da Stellantis até 2038, e uma redução de 50% das emissões de carbono até 2030. Essas diretrizes fazem parte do plano Dare Forward 2030.

A Stellantis ainda prometeu aumentar o número de fornecedores locais em Pernambuco. O objetivo "a curto prazo", segundo a empresa, é passar dos atuais 38 fornecedores de componentes e sistemas para 50.

Como funcionam as tecnologias?

O sistema mais simples é o híbrido leve, que acopla um alternador de 4,1 cv e uma pequena bateria de 12V ao conjunto mecânico. Com isso, algumas funções como tracionar as rodas no início da partida do veículo podem ser feitas com o auxílio do gerador elétrico, e reduzir o consumo e também as emissões.

Um degrau acima está o Bio-Hybrid E-DCT. Nesse caso, o motor elétrico é maior e mais potente, com 21,8 cv, e pode mover o veículo em modo só elétrico. Porém, por conta da bateria menor, a autonomia nesse modo é mais limitada. Nesse caso, o próprio motor a combustão é que recarrega o sistema elétrico do veículo.

Há também um conjunto híbrido plug-in, que foi apresentado com um motor elétrico de 59,8 cv e uma bateria maior, de 12 kWh. Como nos demais veículos desse tipo, a autonomia no modo elétrico é maior. Também existe a possibilidade de carregar a bateria na tomada ou em carregadores.

Além disso, a Stellantis apresentou uma plataforma elétrica que pode ter motores a partir de 122 cv e baterias com pelo menos 45 kWh.

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