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05/11/2020 às 08h21m

Mais de 200 escolas particulares podem fechar as portas por problemas financeiros, diz Sinepe

Arnaldo Mendonça, diretor do Sinepe, acredita que muitas escolas, sobretudo as que oferecem exclusivamente Ensino Infantil ou Fundamental I, devem passar por momentos difíceis no futuro.

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Nas últimas semanas, o Recife vem presenciando o fechamento de escolas particulares devido a dificuldades financeiras, agravadas pela crise causada pelo novo coronavírus. O Colégio da Sagrada Família, em Casa Forte (em funcionamento há 115 anos) e o Colégio Parnamirim, na Tamarineira, entraram para a lista de instituições de ensino que vão fechar as portas ao final do ano letivo.

A suspensão das atividades presenciais, atrelada a outros fatores, pode fazer com que muitas instituições de ensino privadas tenham que fechar as portas nos próximos meses. Pelo menos é o que acredita o diretor do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe), Arnaldo Mendonça.

Segundo ele, muitas escolas, sobretudo as que oferecem exclusivamente Ensino Infantil ou Fundamental I, devem passar por momentos difíceis no futuro. “Nós estimamos que mais de 200 escolas que estão neste seguimento vão fechar as portas entre 2020 e 2021”, afirma. De acordo com dados do Sinepe, em Pernambuco existem 2.400 escolas privadas em funcionamento. Desse número, cerca de 80% se enquadram nesse perfil.

Entre os fatores apontados pelo representante da categoria para o atual quadro estão as incertezas do cenário econômico, atreladas às dificuldades desta nova realidade. “Nessas escolas, da periferia, as mães têm uma dificuldade grande também de estar ao lado das crianças para acompanhar”, afirma Arnaldo Mendonça. “Por tudo isso, as escolas não vão ter condições de funcionar em 2021, porque elas estarão com 20 ou 30% do seu efetivo de alunos”, completa.

Para o diretor do Sinepe, a volta das atividades presenciais nas escolas ainda no meio do ano - diferente do que de fato aconteceu - poderia ter tranquilizado o setor. “Infelizmente pesou mais a pressão dos prefeitos do que a sensibilidade com as crianças e as escolas”, afirma. “Começar o presencial em 24 de novembro não deve provocar grandes mudanças no cenário de falência das pequenas escolas”, finaliza.

Do Diário de Pernambuco

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