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14/12/2014 às 20h23m - Atualizado em 15/12/2014 às 16h30m

Gilberto Gil e Marisa Monte fazem homenagem a Gonzagão no Festival MPB realizado na área externa do Centro de Convenções em Olinda

Primeira noite teve ainda estreia no estado da Banda do Mar, participação de Seu Jorge na atuação da Nação Zumbi e apresentações de Maria Gadú, Arnaldo Antunes, Mombojó com Vitor Araújo e Tibério Azul

Marisa Monte e Gilberto Gil apresentaram show exclusivo para o festival. Foto: Luiz Fabiano/Moove Comunicação

O ponto alto foi o show inédito de Gilberto Gil com Marisa Monte. E foi da cantora carioca a primeira noite do Festival MPB, neste sábado, na área externa do Centro de Convenções. Com carisma inebriante, voz sempre afinada e malemolência do samba ao xote, ela conquistou a plateia com unanimidade. Gil e Marisa dividiram o palco pela primeira vez na década em 1993, em Munique, na Alemanha, em homenagem a Ayrton Senna, e não tocavam juntos há 20 anos.

O reencontro histórico, após seis ensaios no estúdio de Gil, no Rio de Janeiro, onde ambos moram, teve participação especial de Arnaldo Antunes - em Velha infância e Passe em casa, dos Tribalistas - e homenagem a Luiz Gonzaga, com solo do sanfoneiro Waldonys. "Mais um ano da existência eterna de Luiz Gonzaga", lembrou o compositor, após recitar os versos de 13 de dezembro, letra dele em cima de uma melodia do mestre nascido há 102 anos.

Gil abriu o show, o sexto da noite, com Palco e No woman, no cry. Marisa entrou na terceira canção, Panis et circensis, parceria dele com o também baiano Caetano Veloso gravada por Marisa em Barulhinho bom, de 1996, do qual foi retomada também Cérebro eletrônico. O repertório, cheio de clássicos, como Segue o seco, Beija eu, Esperando na janela e Balança pema, foi acompanhado pelo público empolgado.

Maratona

A produção merece elogios pela organização do evento. Os shows começaram quase sem atrasos e com intervalos de poucos minutos entre as atrações, alternadas entre os palcos Recife e Olinda, com estrutura física quase impecável e uma ajudinha do tempo, com noite de estiagem apesar da ameaça de chuva, a noite de estreia foi um sucesso, pode-se dizer. Apenas os banheiros femininos deixaram a desejar em alguns momentos, sem papel higiênico e com filas que chegavam a demorar cinco minutos. Ainda assim, acima da média de grande parte dos eventos no estado.

Prata da casa, Tibério Azul abriu a programação, no palco Olinda, com homenagem ao poeta Manoel de Barros, pontualmente. Recebeu a plateia ainda em formação com canções do primeiro disco, o poético Bandarra, e do grupo Mula Manca e a Fabulosa Figura. Maria Gadú, no palco Recife, ainda tocou para um público pequeno, alternando canções da carreira com covers de Legião Urbana (Índio) e Mamonas Assasinas (1406).

A estreia da Banda do Mar, trio formado por Marcelo Camelo, Mallu Magalhães e o português Pinto Ferreira, no estado foi marcada por um show descontraído e despojado, cujo figurino era uma camiseta básica azul com a logo do grupo e o nome "técnica" em letras garrafais, atrás. O casal trocou olhares apaixonados, Mallu rebolou e não economizou nos sorrisos, especialmente diante da reação calorosa dos fãs. Mesmo com poucas palavras, o ex-Los Hermanos, já familiarizado com o público pernambucano desde os tempos da banda, apontou o microfone para a plateia e instigou o coro. "Recife, vamos voltar", prometeu.

Arnaldo Antunes, empolgado e dançante, apresentou com uma coreografia tão cativante quanto desengonçada embalada por várias canções do recém-lançado Disco, mas também hits melhor aprovados, como Essa mulher, A casa é sua e Socorro. Tibério Azul voltou ao palco como convidado da Mombojó e do pianista Vitor Araújo, com repertório baseado em Alexandre, último da banda pernambucana. "Tem microfone não. É só para dançar mesmo", brincou o vocalista Felipe S., antes da música A missa.

Coube à Nação Zumbi encerrar a noite, por volta das 2h30, após set list bem brasileiro do DJ Danny Oliveira. Apesar da dispersão após o dueto de Gil e Marisa, vários fãs ainda acompanharam a banda pernambucana, ainda em meio às comemorações dos 20 anos de carreira, interpretarem faixas do álbum mais recente, com o nome do grupo, e depois engatar as conhecidíssimas Cidadão do mundo, Manguetown, Rios, pontes e overdrives e Da lama ao caos. Para quem ficou, a recompensa foi o bis (o único da noite) com as marcantes A praieira e Quando a maré encher, com participação especial de Seu Jorge não apenas nos vocais, mas também na flauta transversal.

A ordem dos shows da primeira noite foi: Tibério Azul, Maria Gadú, Banda do Mar, Arnaldo Antunes, Mombojó e Vitor Araújo, Gilberto Gil e Marisa Monte, DJ Danny Oliveira e Nação Zumbi. Neste domingo, apresentam-se Nena e Ylana Queiroga (17h), Lenine (17h40), Preta Gil (18h50), Ana Carolina (19h50), Mamelungos & Vanessa Oliveira (21h), Caetano Veloso (21h40), DJ (22h50) e Seu Jorge (23h30).

Confira o repertório do show inédito de Gilberto Gil e Marisa Monte:

Palco
No woman, no cry
Panis et circencis
Segue o seco
Beija eu
Eu sei
Dança da solidão
Xote das meninas + Glorioso São José
Esperando na janela
Velha infância
Passe em casa
Extra
Vamos fugir
Cérebro eletrônico
Balança pema


Com informações do Diário de Pernambuco

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