28/12/2025 às 21h26m - Atualizado em 29/12/2025 às 20h55m
Casal de turistas são espancados após discussão por cobrança de cadeiras em Porto de Galinhas
Vítimas dizem que preço combinado foi alterado, passando de R$50 para R$80.

Um casal de turistas do Mato Grosso do Sul foram brutalmente agredidos na tarde do último sábado(27), após se negarem a pagar o valor cobrado pelos barraqueiros pelo uso de cadeiras de praia. De acordo com os turistas, o valor teria sido aumentado, passando de R$50 para R$80.
As vítimas, Johnny Andrade, de 36 anos, e Cleiton Zanatta, de 50, relataram que chegaram ao local por volta das 10h da manhã, quando teriam combinado o pagamento de R$50 pelo uso das cadeiras ou o consumo de alimentos. No fim da tarde, ao deixarem a praia, foram surpreendidos com a cobrança de R$80. Ao questionarem a mudança no valor, a discussão se intensificou.
Segundo os turistas, um dos barraqueiros arremessou uma cadeira contra eles, dando início às agressões. Em seguida, cerca de 10 a 15 pessoas teriam se juntado ao ataque, desferindo socos e chutes. As imagens da violência, gravadas por banhistas, mostram os dois homens sendo espancados na areia, mesmo após tentarem fugir.
A situação só foi contida com a intervenção dos guarda que atuavam na praia. As vítimas chegaram a ser colocadas na caçamba de uma viatura para escapar das agressões, mas, ainda assim, os ataques continuaram por alguns instantes. Assustados, Johnny e Cleiton deixaram o local às pressas, abandonando pertences pessoais.
Os dois turistas foram encaminhados para atendimento médico e registraram boletim de ocorrência. Um deles sofreu ferimentos no rosto, com inchaço e sangramento, além de lesões pelo corpo. Em vídeos divulgados nas redes sociais, eles afirmam que só não morreram graças à rápida ação dos guardas.
Em nota, a Secretaria de Defesa Social (SDS) informou que até o momento, 14 pessoas já foram identificadas e serão indiciadas em inquérito policial. No Instagram, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, falou que o caso não está sendo tratado como um incidente, mas, sim, como um crime.
A Prefeitura de Ipojuca lamentou, por meio de nota, o episódio, classificando-o como grave e incompatível com os valores do destino turístico. A gestão municipal destacou ações de ordenamento da orla, como recadastramento de ambulantes e identificação dos trabalhadores com crachás e QR Code, e afirmou que medidas legais serão adotadas.


