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17/01/2019 às 09h53m - Atualizado em 17/01/2019 às 13h19m

Pastor trancava mulheres em 'quarto do castigo' com cobras para torturá-las por indisciplina

Vítimas contam que Eddy de Jesus, preso por suspeita de maus tratos, também as espancava com mangueira, esfregava roupas íntimas em seus rostos, e, em algumas situações, as algemava

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Do JC Online
 
pastor Edson Alberto Queiroz da Silva, preso nesta quarta-feira (16), trancava as integrantes do projeto de acolhimento para dependentes químicos dentro de um “quarto do castigo” com duas cobras, na tentativa de torturá-las por indisciplina. Uma delas passou três dias em cárcere privado sem alimentação. Esse e outros hábitos foram relatados pela delegada Natasha Dolci, titular da delegacia do Cabo de Santo Agostinho, onde as nove mulheres e três adolescentes denunciaram o religioso, durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira.

A delegada também contou que Eddy de Jesus, como é conhecido, espancava as mulheres com mangueira, esfregava roupas íntimas nos rostos delas, e, em algumas situações, as algemava. Apesar da “fala mansa e do jeito amoroso”, detalhes destacados pela delegada, o depoimento das doze vítimas relatam o mesmo hábito do pastor, que, segundo elas, mudava de perfil quando as mães saíam do local.   

“Foi necessária a prisão preventiva por conta do medo que ele causa às testemunhas, devido à influência que exerce sobre outros religiosos que o apoiam. Isso poderia causar a coação de testemunhas ou até destruição de provas”, disse Natasha Dolci.

O juiz da 2º Vara Criminal autorizou a prisão por 30 dias, após colher relatos de agressão psicológica, física e constantes ameaças.

Ambiente insalubre

Informações divulgadas pela polícia, contam quem o abrigo funcionava em um sítio, composto por quatro casas. Apenas uma delas tinha o ambiente limpo e de possível vivência. “As outras casas têm um ambiente totalmente insalubre, sem guarda-roupas, todos os pertences das garotas misturados”, lamenta a delegada.

Em perícia na casa, agentes identificaram que no quarto onde elas dormiam não havia maçaneta. O pastor chegou a confessar à polícia que trancava as portas pelo lado de fora e só abria no dia seguinte, por volta das 5h.

 

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