20/02/2020 às 09h26m - Atualizado em 20/02/2020 às 10h08m
Vídeo flagra policiais agredindo jovens dentro de escola em São Paulo
Polícia Militar teria sido chamada pela direção da escola após um desentendimento entre um aluno e a direção. O estudante teria questionado porque seu nome não estava na lista de matriculados.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram dois jovens sendo agredidos por policiais militares dentro de uma escola na zona oeste de São Paulo. O caso ocorreu na noite desta terça-feira (18) na Escola Estadual Emygdio de Barros, no Rio Pequeno. Os seis policiais que atenderam a ocorrência foram afastados.
A PM (Polícia Militar) teria sido chamada pela direção da escola após um desentendimento entre um aluno e a direção. O estudante teria questionado porque seu nome não estava na lista de matriculados.
A diretoria da escola estadual pediu para o jovem deixar o local e ele se recusou. Os vídeos, feitos por outros alunos, mostram os policiais já dentro do colégio. Um deles domina um menino com uma gravata.
Depois, outra imagem mostra um jovem já no chão. Em seguida, um deles é socado no rosto por um policial e outro lhe dá uma rasteira e depois um chute nas costas. Os policiais ainda apontaram armas aos jovens e os levaram algemados da escola.
Eles foram conduzidos ao 91º DP por desacato. Os dois apreendidos prestam depoimento na manhã desta quarta-feira (19) à Polícia Civil. Os policiais e a direção da escola também serão ouvidos.
Mãe de um dos alunos agredidos, Raquel Rodrigues disse em entrevista ao Bora SP que seu filho entrou na confusão por engano. "Meu filho infelizmente chegou na hora errada. Ele estava voltando do banheiro para a sala de aula e estava aquela confusão. Ele não sabia. Ele foi barrado e o policial deu um soco no peito dele", afirmou.
Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirmou que um inquérito vai apurar o episódio e “medidas cabíveis” serão tomadas. Já a Secretaria de Educação, responsável pelas escolas estaduais, afirmou que colabora com a polícia e também busca esclarecer o caso. Assista ao vídeo: