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23/02/2018 às 07h11m - Atualizado em 23/02/2018 às 08h49m

Histórias de vida e obra artística do camutanguense Getúlio Cavalcanti e maestro Duda serão destacadas em livros lançados pela Companhia Editora de Pernambuco

Maestro Duda, outro músico pernambucano também terá sua tragétoria artistica contada em livro. Lançamentos acontecerão no dia 25 de fevereiro, às 15h, no Paço do Frevo, em Recife.

livros

Dois nomes referenciais da música pernambucana, maestro Duda e Getúlio Cavalcanti, têm suas histórias de vida e obra artística  destacadas em livros que serão lançados pela  Companhia Editora de Pernambuco (Cepe),  no dia 25 de fevereiro (domingo), às 15h, no Paço do Frevo, Bairro do Recife. Os títulos integram a Coleção Frevo, Memória Viva - selo criado  para evidenciar o legado daqueles que contribuíram (e vem contribuindo) com a mais pernambucana das expressões culturais. A tarde de autógrafos contará, ainda, com apresentação musical dos biografados.

Os livros foram escritos pelo jornalista, crítico musical e pesquisador Carlos Eduardo Amaral, que também assina o título inaugural da coleção (Maestro Formiga: Frevo na tempestade, R$ 21, 00). “Os livros  desta coleção não são uma biografia ou um inventário, mas, sobretudo, livros-reportagens que abordam seus personagens centrais junto com problemáticas e aspectos que envolvem o frevo em sua essência musical, cultural e sociológica. São livros que possuem capítulos para leigos, para músicos,  para curiosos e para estudiosos”, destaca.

Maestro Duda, uma visão nordestina destaca, em 163 páginas, distribuídas em 13 capítulos,  aquele que é considerado um dos maiores arranjadores da música instrumental brasileira do século XX e que, aos 82 anos de idade, encontra-se em plena produção criativa. Regente, compositor, arranjador, instrumentista, Patrimônio Vivo de Pernambuco (2010), membro da Academia Pernambucana de Música, Duda nasceu no município de Goiana, em 23 de dezembro de 1934, tendo como nome de batismo José Ursicino da Silva. Sem formação acadêmica, iniciou sua história musical na infância, na Saboeira (Sociedade Musical 12 de outubro), tendo como atribuição inicial carregar as partituras da banda. Aos 12 anos, compôs o primeiro frevo (Furacão), revelando precocemente o talento que o colocaria, ao longo das décadas, como um dos mais influentes músicos pernambucanos.

Para Carlos Eduardo Amaral, os livros da coleção cumprem papel de bússola, ajudando a orientar pesquisadores em estudos mais aprofundados sobre o universo do frevo e seus atores. No caso de Duda, a obra é esteio importante. Aborda a formação musical do maestro, a relação com outros ícones - Capiba Guerra Peixe, Clóvis Pereira, entre muitos -, a passagem pela Rádio e TV  Jornal, a formação de bandas, o ingresso na Orquestra Sinfônica do Recife e o trabalho como regente na TV Bandeirantes (SP).  Fala sobre envolvimento de sua família (três gerações) com a música, seus causos, a produção para cinema e até dados pouco conhecidos - como o teste para cantor e a atuação como professor de música da cantora Vanusa.

Getúlio Cavalcanti - Maestro Duda exerceu papel importante na carreira de inúmeros músicos, entre eles, o compositor e cantor Getúlio Cavalcanti, terceiro retratado pela Coleção Frevo, Memória Viva. Autor de mais de uma centena (músicas catalogadas) de frevos de bloco, frevo-canção, entre outros gêneros, como o samba, maracatu, bolero, Getúlio contou com o apoio de Duda para que seu frevo O Bom Sebastião fosse gravado. A música, inscrita Concurso de Música Carnavalesca da Prefeitura (1976) foi aclamada pelo júri e definitivamente abriu as portas para a fama.

Com 160 páginas, 14 capítulos, incluindo tabela de canções, discografia e iconografia, Getúlio Cavalcanti, o último regresso percorre e revela fatos importantes dos 57 anos de carreira do autor do frevo Último regresso(1981)  “o mais cantado, gravado e conhecido de um compositor vivo, rivalizando, no cânone do gênero, com Madeira que cupim nao roiEvocaçãoo HIno do Batutas de São José e Valores do passado, ou seja, com Capiba, Nelson Ferreira, João Santiago e Edgard Moraes”, destaca o autor.

Getúlio de Souza Cavalcanti nasceu no dia 10 de fevereiro de 1942, em Camutanga. Iniciou a carreira em 1962, integrando o cast de cantores da Rádio Clube e da TV Tupi, gravando naquele ano seu primeiro frevo-canção (Você gostou de mim). Para manter a família, dividiu a paixão pela música com outras atividades (trabalhou no Diario de Pernambuco, foi representante comercial da Arno, IBM), fato que o obrigou a morar em outros estados, como Pará, Sergipe e São Paulo. “No caso de Getúlio, seus frevos-canção, frevos de bloco (e até eventualmente, marchas e sambas), além de regalos, configuram um vasto inventário  que pode ser organizado parte como um mapa, parte como uma linha do tempo e parte como um memorial  que transcende o aspecto afetivo do seu criador e se transmuta  em uma mini enciclopédia do carnaval pernambucano”, atesta Carlos Eduardo Amaral.

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