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28/03/2022 às 20h24m - Atualizado em 29/03/2022 às 03h00m

Bolsonaro decide demitir presidente da Petrobras; Adriano Pires deve assumir

A informação foi divulgada em nota pelo Ministério de Minas e Energia,

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O governo federal indicou nesta segunda-feira Adriano Pires para a presidência-executiva da Petrobras, no lugar do general da reserva Joaquim Silva e Luna, após críticas do presidente Jair Bolsonaro sobre alta nos preços de combustíveis.

A informação, divulgada em nota pelo Ministério de Minas e Energia, confirma relatos dados à Reuters mais cedo por fontes, citando que Luna não estaria na lista de indicados para o novo conselho de administração da estatal.

A relação de nomes ainda apresenta Rodolfo Landim para presidir o conselho. Os demais membros indicados são: Sônia Villalobos, Luiz Henrique Caroli, Ruy Schneider, Márcio Weber, Eduardo Karrer e Carlos Eduardo Lessa Brandão

A exclusão do nome de Luna da lista indica que ele deve deixar o comando da Petrobras, segundo as fontes, que falaram na condição de anonimato.

A assembleia de acionistas para renovar o conselho está agendada para 13 de abril.

Procurada, a Petrobras não comentou o assunto imediatamente

A saída do general da reserva ocorre após Bolsonaro ter criticado a alta de cerca de 25% no preço do diesel anunciada pela Petrobras no início do mês, quando também reajustou o valor da gasolina em quase 19%, na esteira da alta do petróleo no mercado internacional.

Questionado em meados deste mês, Bolsonaro afirmou que existia a “possibilidade” de substituição de Luna.

Caso a saída seja efetivada, será o segundo presidente da Petrobras a deixar a companhia devido a rusgas envolvendo preços de combustíveis. Em 2021, o então presidente da estatal Roberto Castello Branco saiu em condições semelhantes.

“Embora a decisão seja igual à tomada um ano atrás, quando o governo decidiu não reconduzir Castello Branco e indicar o General Silva e Luna à presidência da Petrobras, os desdobramentos do fato para as ações hoje se deram de forma bem mais contida”, disse a corretora Ativa.

As ações preferenciais da Petrobras chegaram atingir uma mínima de 30,98 reais após a notícia, mas reduziam perdas e fecharam em baixa de 2,2%, a 31,60 reais.

“Isto acontece pela hora na qual a notícia foi divulgada e pelo mercado já trabalhar há semanas com a possibilidade de a mudança ser executada”, acrescentou a Ativa.

Na gestão Luna, a Petrobras seguiu a política de paridade de preços, mas evitando repassar aumentos do mercado de petróleo imediatamente. No início do mês, após um salto nas cotações devido à guerra na Ucrânia, a companhia efetivou o reajuste argumentando que isso era necessário para o abastecimento do país, que depende de importações de combustíveis.

A informação de que Bolsonaro decidiu tirar Luna da presidência da estatal foi publicada antes pela edição online da revista Veja, que citou o especialista do setor de energia Adriano Pires como nome mais forte para substituir Luna.

“Pires é reconhecido pelo mercado como uma indicação que não romperia com as transformações operacionais e financeiras que vêm sendo executadas na companhia desde a metade da década passada”, opinou a Ativa.

(Reportagem adicional de Roberto Samora, André Romani e Nayara Figueiredo; edição de Nayara Figueiredo)

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