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11/04/2018 às 12h00m - Atualizado em 11/04/2018 às 12h44m

Tentativa de fuga de presos termina com 21 mortos na região metropolitana de Belém

Um agente penitenciário foi morto; cinco presos e 15 pessoas suspeitas de dar cobertura à fuga também morreram. Caso aconteceu no Complexo Prisional de Santa Izabel.

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As informações são do G1 Pará

Uma tentativa de fuga em massa de presos terminou com 21 pessoas mortas na tarde desta terça-feira (10) na região metropolitana de Belém, segundo o governo do Pará. As mortes ocorreram no Centro de Recuperação Penitenciário do Pará III (CRPP III), no Complexo Prisional de Santa Izabel. Um grupo armado tentou invadir o local para dar cobertura à ação.

Os mortos são um agente penitenciário, cinco presos e 15 suspeitos de tentar invadir o presídio para apoiar a fuga, segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) do Pará.

(Correção: a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) do Pará informou durante a tarde que 23 pessoas morreram na ação - um agente, 14 presos e oito suspeitos de tentar invadir o local. A secretaria corrigiu os dados e informou que 21 pessoas morreram: um agente, cinco detentos, e 15 suspeitos de invasão. A informação foi corrigida às 19h30)

Pelo menos outros cinco agentes de segurança ficaram feridos. Quatro seguem internados - um deles foi levado para cirurgia e seu estado grave. O número de presos feridos ainda não foi informado.

Autoridades fazem uma revista e recontagem de presos no início da noite desta terça-feira. A Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) não confirma fuga de presos, até o momento. No total, cinco armas foram apreendidas no local, sendo 02 fuzis, 1 carabina ponto 30 e 2 pistolas ponto 40. Atualmente, o CRPP III custodia 605 presos. A capacidade é para 432.

O Complexo Penitenciário de Santa Izabel é o maior do Estado com 9 unidades prisionais e mais de 6 mil presos. Na noite desta terça-feira a Segup disse que um novo boletim médico com o estado de saúde atualizado dos 4 agentes penitenciários deve ser divulgado a qualquer momento. Um inquérito policial já foi aberto para apurar o caso. De acordo com a Diretoria de Administração Penitenciária da Susipe, todas as unidades prisionais do Complexo Prisional de Santa Izabel operam dentro da normalidade.

Relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) feito em fevereiro deste ano alertou para o risco de "resgate realizado com apoio externo" no CRPP III. Em fevereiro, a unidade tinha 52% mais presos do que a capacidade: havia 660 detentos para 432 vagas, afirma o CNJ. As condições da prisão são "péssimas" e "inaceitáveis" para um presídio de segurança máxima.

Um vídeo gravado na penitenciária após a tentativa de fuga mostra diversos corpos com sangue no chão da área externa do presídio. 

O caso ocorre um dia após uma série de 12 assassinatos na Grande Belém. A secretaria disse não haver relação entre os dois episódios.

Troca de tiros

Segundo a Segup, um grupo fortemente armado tentou invadir a prisão por volta das 13h para dar apoio à fuga dos presos. Foram utilizados explosivos contra um dos muros do solário do Pavilhão C na tentativa de resgate. Além disso, detentos também tinham armas dentro do presídio, segundo a secretaria.

Segundo a Segup, após o uso de explosivos no Pavilhão C houve "intensa troca de tiros" entre agentes do batalhão penitenciário, parte dos presos que tentavam fugir e o grupo que tentou invadir o presídio.

Buscas

De acordo com a Segup, agentes da Companhia de Operações Especiais da PM foram enviados ao complexo para reforçar a segurança do local. Não foi confirmada fuga de presos até a noite desta terça-feira.

Buscas pelo grupo que tentou invadir o presídio são feitas desde o início da tarde, segundo a secretaria. O governo também iniciou investigações para identificar que grupos agiram na tentativa de resgate, como houve a entrada de armas e como ocorreu a troca de tiros.

O delegado Rodrigo Leão, diretor da Seccional de Santa Izabel do Pará, está com equipe policial acompanhando a situação, além de duas equipes da Divisão de Homicídios e uma da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).

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