Vem para ubafibra | Ubannet (81) 3631-5600

12/04/2021 às 02h26m - Atualizado em 12/04/2021 às 13h29m

Em menos de 24 horas, pai, mãe e filho morrem de Covid no interior de São Paulo

O primeiro a morrer foi o corretor de seguros Sérgio Luis Wiltemburg Santos, 39. Ainda no sábado, à tarde, sua mãe, Nilza Wiltemburg Pontes Santos, 70, também faleceu.

santa_cruz_do_rio_pardo-mortos_por_covid-pai-mae-e-filho

Num intervalo de menos de 24 horas, três pessoas de uma mesma família morreram devido à Covid-19 em Santa Cruz do Rio Pardo, cidade da região de Marília, no interior paulista.

As mortes ocorreram entre a manhã de sábado (10) e este domingo (11). O primeiro a morrer foi o corretor de seguros Sérgio Luis Wiltemburg Santos, 39. Ainda no sábado, à tarde, sua mãe, Nilza Wiltemburg Pontes Santos, 70, também faleceu.

O terceiro óbito na família foi registrado neste domingo, de Luiz Alberto Santos, 70, marido de Nilza e pai de Sérgio.

O corretor de seguros estava internado na Santa Casa local desde o dia 21 de março, três dias após a internação da mãe e do pai.

Após perder o irmão e a mãe, o jornalista Luís Fernando Wiltemburg postou em uma rede social ainda no sábado mensagem de agradecimento às condolências recebidas pela perda de Sérgio e para informar a morte da mãe.

"Amigos, de todo coração, agradeço as condolências pela perda do meu irmão, Sérgio Luis, na manhã deste sábado, ao mesmo tempo em que informo, consternado e arrasado, o falecimento de minha mãe, Nilza, na tarde do mesmo dia", escreveu.

Já no início da manhã deste domingo, ele voltou às redes sociais para informar sobre o falecimento de seu pai. "Em um dia, eu perdi minha família e toda a referência de retidão, de honestidade, de humanidade, de justiça, de integridade, que forjaram meu caráter. Estou desolado, destruído", disse.

Em Santa Cruz do Rio Pardo, tinham sido registrados até o boletim epidemiológico deste sábado 55 óbitos provocados pelo novo coronavírus, com 3.270 casos confirmados no município de 47 mil habitantes.

Luís Fernando ainda pediu a todos que fiquem em casa para se proteger da Covid-19 e se cuidem, além de reforçar as medidas protetivas, como o uso de máscaras que cubram nariz e boca e higienização das mãos.

O jornalista também pediu que todos exijam a aceleração da vacinação e criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ao dizer que, se ele fosse sério haveria uma política pública eficiente de vacinação no país. "E meus pais e meu irmão estariam vivos."

O corpo de Sérgio, que deixa a mulher, Michele de Oliveira Cabral, e o filho, João Pedro, 5, foi enterrado às 15h de sábado (10) no cemitério local. No mesmo local, o pai foi enterrado neste domingo (11), às 14h. Duas horas depois, foi a vez de Nilza ser sepultada. Nos três casos, não houve velório.

A morte dos integrantes da família fez o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná, que tem Luis Fernando como diretor sindical, publicar uma nota de pesar.

"O diretor sindical, um grande combatente pelos direitos de todos trabalhadores, é uma das muitas vítimas da gigantesca tragédia que se tornou o Brasil, onde o vírus é somente um dos obstáculos", diz a entidade.

Segundo o sindicato, há uma semana o jornalista havia perdido também a avó.

Luís Fernando trabalha no jornal Folha de Londrina, que publicou reportagem sobre a morte dos familiares. "A Redação da Folha vem prestar ao colega irrestrita solidariedade e lamentar evento tão trágico que atingiu seus familiares", diz trecho do texto.

Comentários

Comentário pelo Facebok
Outros comentário

Outras notícias