28/06/2025 às 06h41m - Atualizado em 28/06/2025 às 13h07m
Jovem é presa por mandar matar o próprio pai a tiros no Grande Recife
A vítima é o caminhoneiro Ayres Botrel, de 60 anos. Ele foi assassinado a tiros na noite de 20 de junho, depois que homens armados invadiram a casa onde o idoso morava enquanto dormia.
Uma mulher foi presa por mandar matar o próprio pai no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. Segundo a Polícia Civil, ela confessou o crime e teria encomendado o assassinato para receber a herança.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), após a prisão, Amanda Chagas Botrel, de 19 anos, passou por audiência de custódia e foi encaminhada para a Colônia Penal Feminina, no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife. Ela responde por homicídio qualificado.
A vítima é o caminhoneiro Ayres Botrel, de 60 anos. Ele foi assassinado a tiros na noite de 20 de junho, depois que homens armados invadiram a casa onde o idoso morava, na praia da Enseada dos Corais, enquanto dormia.
"Tudo indica que ela foi motivada financeiramente, visando, talvez, um adiantamento de herança. O pai tinha alguns bens, um senhor já de idade que trabalhou muito durante a vida. [...] Ele tinha um caminhão próprio, uma casa própria", afirmou a delegada Myrthor Freitas.
Segundo a delegada, a autoria do crime foi descoberta depois que a filha da vítima entrou em contradição durante os depoimentos que deu à polícia, negando ter participação no crime.
"A gente conseguiu obter as imagens de segurança, das ruas que dão acesso à residência. E a gente verificou que ingressou apenas o carro dela e ela havia falado que já estava em casa quando alguns sujeitos ingressaram na residência, abordaram ela, pediram para ela ficar calada e executaram o pai", contou.
Ainda de acordo com Mythor Freitas, quando a polícia confrontou as alegações que ela havia feito com o que as imagens das câmeras mostravam, a jovem confessou o crime.
Boa relação com os pais
Segundo a delegada, a jovem morava com o pai e a mãe na residência e tinha uma boa relação com eles.
"Cheguei a questioná-la e ela disse: 'sim, meu pai me trata muito bem'. Perguntei também à mãe e a mãe disse: 'ela tinha tudo do bom e do melhor, não deixávamos faltar nada'. Estava fazendo faculdade, tinha um apartamento no nome dela, mas infelizmente resolveu fazer esse crime", contou.
Myrthor Freitas disse, ainda, que vai seguir com as investigações para identificar os executores do crime.
"O inquérito está bem no início, o crime foi na semana passada. O inquérito vai continuar para apurar o envolvimento de outras pessoas, porque a gente sabe que não foi ela quem puxou o dedo no gatilho", afirmou.