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08/08/2019 às 08h50m - Atualizado em 08/08/2019 às 13h02m

Mãe que acusou ex-companheiro de entregar a filha apresenta contradições no depoimento

O homem disse para a polícia que esteve com a criança todos os dias e não havia sumido com ela

delegacia_de_policiaInformações: JC Online
 
A Polícia Civil disse, nesta quarta-feira (7), que a mulher que denunciou o ex-companheiro de entregar a filha do casal nessa terça-feira (6) apresentou contradições durante o depoimento. Segundo o delegado Abraão Didier, titular da Delegacia de Camaragibe, a mãe teria saído da casa onde morava com o homem no domingo (4) e, na segunda-feira (5), retornado ao local para buscar a filha, mas o pai não permitiu.

O homem se apresentou na delegacia nessa terça-feira (6) e, segundo o delegado, uma das contradições apresentadas foi o lapso temporal desde o suposto sumiço da criança até a denúncia da mãe. "Esse lapso temporal desde o sumiço da criança até a notícia do desaparecimento fica suprido pelo depoimento do pai quando ele diz: 'eu não sumi e nem dei a minha filha. Eu estava com ela na terça, quarta, quinta, sexta, sábado e no domingo, quando ela (a mulher) disse que não queria mais morar comigo e foi embora. Na segunda, ela tenta pegar a minha filha de volta e eu disse que não'", contou Didier. "Encaixa perfeitamente porque nenhuma mãe ciente de que seu filho foi dado à adoção a outra pessoa contra a sua vontade se omitiria durante sete dias", completou.

Ainda segundo o titular da delegacia, a mãe mentiu sobre a sua profissão. "Em um primeiro momento ela diz que era faxineira e, no segundo momento, admitia que ela se prostituía para oferir renda", explicou.

Tentou dar o outro filho

Para a polícia, o homem explicou que não quis entregar a filha na segunda-feira porque a mulher já tentou dar o primeiro filho do casal, que tem 1 ano e 3 meses. "Ainda não estava comprovado, mas ele disse que o primeiro filho deles ela tentou dar essa criança e ele que foi atrás dela e de um casal para quem ela teria prometido, para impedir que essa criança fosse subtraída. Então ele imaginou que a segunda filha fosse ter o mesmo destino e que ele talvez não tivesse tempo hábil para evitar isso", contou o delegado. "Não tem abertura nenhuma para que a gente entenda que ele sumiu. Pelo contrário. Só o fato dele, assim que tomou ciência de que a menina estava sendo procurada, espontaneamente se apresentar (na delegacia) e ele estava no centro da cidade aqui de Camaragibe, ou seja, num local onde facilmente ele seria identificado e visto", completou.

Segundo o Didier, a mulher ainda teria oito ou nove filhos.

Ameaças

A mulher disse que teria sido ameaçada pelo ex-companheiro, mas apresentou provas que comprovassem. "Sugerimos que ela apresentasse essas ameaças. Hoje, ela não conseguiu apresentar os áudios ou qualquer outra prova. Inclusive, a outra filha dela que seria testemunha da eventual ameaça, contradisse a mãe, dizendo que nunca tomou conhecimento de que a mãe teria sido ameaçada pelo marido", afirmou Didier.

O delegado informou que ela poderá responder por cinco ou seis denunciações caluniosas.

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