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01/09/2016 às 08h18m - Atualizado em 01/09/2016 às 08h50m

Manifestantes vão às ruas do Recife contra governo Temer

A concentração começou na praça do Derby por volta das 18h, quando os manifestantes fecharam uma das principais vias da cidade, a Avenida Agamenon Magalhães, no sentido sul.

Uma onda de protestos marcou as horas seguintes ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Nesta quarta-feira (31), no Recife, centenas de pessoas vestidas de vermelho foram às ruas com gritos de “Fora Temer” e “Resistir”. A concentração começou na praça do Derby por volta das 18h, quando os manifestantes fecharam uma das principais vias da cidade, a Avenida Agamenon Magalhães, no sentido sul. Parte do grupo sugeriu ir para a sede do PMDB, que fica próximo à praça, mas, para evitar confronto com a polícia, desistiram. Eram 20h quando a polícia conseguiu liberar a passagem para os veículos e os manifestantes seguira pela Avenida Conde da Boa, sentido centro.

“Nossa proposta é ocupar e resistir. Nossa presidente foi tirada sem que tivesse cometido crime de responsabilidade e esse golpe anuncia uma série de retrocessos. Por isso estamos nas ruas, em oposição às ações deste governo (Temer) que quer tirar os direitos conquistados”, comentou a assistente social Ingrid Farias, que seguia na linha de frente da manifestação. Também participando do protesto estava o estudante de geografia Marcos Vinícius de Moura que fazia coro ao receio por perda de direitos conquistados, principalmente na área educacional. Ele citou como exemplo cortes em programas como o Fies, o ProUni e o Pronatec.

“A gente enxerga uma manobra das classes dominantes e nós, que fazemos parte de movimentos sociais, vemos um cenário muito ameaçador. O dia 31 de agosto vai ficar marcado, para mim, como o dia em que uma classe dominante desrespeitou a vontade de mais de 50 milhões de brasileiros”, reclamou. De acordo com a estudante de Dança e militante da União Nacional dos Estudantes (UNE), Flor Ribeiro, 24, confirmou que o ato já estava marcado para acontecer, mas houve uma motivação maior a partir da decisão de impeachment de Dilma Rousseff. "Acreditamos agora que os atos devem se intensificar, esperamos uma greve geral até mesmo das Universidades Federais", contou. A palavra “golpe” era repetida por diversos manifestantes, a maioria deles estudantes. Alguns políticos, porém, também marcaram presença como a vereadora Marília Arraes e o ex-deputado Fernando Ferro.

O protesto terminou na pracinha do Diário e a promessa é de outras manifestações ocorram nos próximos dias, mas não há nada de certo. O protesto foi acompanhado pela Polícia Militar, mas não houve confronto. Nas ruas, porém, foi possível ver pichações de Fora Temer em paredes e paradas de ônibus, após a passagem do grupo, especialmente na Conde da Boa Vista. A manifestação desta quarta no Recife foi organizada por diversas frentes como a Frente Povo sem Medo e a Brasil Popular. A Central Única dos Trabalhadores (Cut), sindicatos e movimentos estudantis também se mobilizaram para ir às ruas contra o governo Michel Temer.

Para o presidente da CUT, Carlos Veras, é difícil arrefecer o clima neste momento porque as propostas do governo Temer seriam um “arrocho contra os trabalhadores”. “Ainda tem gente que fala que interrompemos o trânsito, mas como é que podemos ficar calados? Como podemos ficar de braços cruzados? Vamos ficar assistindo à perda dos nossos direitos? Essa votação de hoje mostrou a máscara derretendo. Foi horrível. Logo em seguida, você vê o presidente golpista se reunindo com os ministros e criticando, dando puxão de orelha nos que votaram para manter os direitos de Dilma, dizendo que ‘ou está com o governo ou não está’”, protestou.

As informações são do Diario de Pernambuco

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