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12/09/2017 às 00h44m - Atualizado em 31/10/2017 às 08h58m

Descaso: Diário de Pernambuco denuncia desmatamento sem controle em terras do Engenho Xixá em Timbaúba

A reportagem publicada no último sábado, faz graves denúncias da madeira extraídas ilegalmente na Serra do Mascarenhas e outros crimes ambientais praticados por invasores e donos de terra.

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Outras informações sobre Timbaúba clique no link: https://goo.gl/eFVsEf

O município de Timbaúba tem o segundo maior bloco de floresta atlântica ao norte do Rio São Francisco com cerca 3.796 hectares de Mata Atlântica, essa área equivale a 203 vezes o tamanho do Maracanã. Isso representa 11,98 % da área total do município.

Autoridades timbaubenses responsáveis pelo meio ambiente e nós, cidadãos comuns, temos que preservar melhor este valioso patrimônio natural do município.

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O avanço do cultivo da banana sobre a vegetação nativa da Serra do Mascarenhas figura entre as preocupações da Secretaria Estadual do Meio Ambiente no projeto de criação do refúgio de vida silvestre Mata de Água Azul. A reportagem publicada no último sábado (9) pelo Diário de Pernambuco, denuncia a madeira extraída ilegalmente da Serra do Mascarenhas e outros crimes ambientais praticados por invasores e donos de terra.

Segundo o ambientalista José Ednilson Costa, as invasões na Serra dos Mascarenhas, afetam significativamente as matas ciliares dos mananciais. Pois as nascentes existentes naquela área são muito importantes como forma de garantir a quantidade e qualidade dos mananciais hídricos da bacia do Rio Goiana, a qual os Rios Cruangi e Capibaribe Mirim fazem parte. 

Leia na íntegra matéria publicada pelo Diário de Pernambuco

Crimes na Serra

As bananeiras avançam na Serra do Mascarenhas. Ocupam áreas antes de domínio exclusivo da Mata Atlântica. Substituem árvores adultas que penderam pela força das motosserras e dos machados. Em pedaços, os troncos seguem para serrarias de cidades da Mata Norte e do Agreste, regiões por onde se espalha a Mascarenhas, deixando para trás clareiras no topo, nas encostas e no pé da serra.
 
O ciclo de desmatamento se repete há décadas. Imaginavam os ambientalistas que perdesse força a partir de 2014, quando, por decreto estadual, trechos da serra se tornassem refúgios da vida silvestre: os Mata de Água Azul e Mata do Siriji. Mera imaginação.
 
Nos últimos meses, com a crise econômica batendo à porta, crimes ambientais se multiplicaram. As derrubadas atingiram um nível, segundo José Edinilson Costa, do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental de Pernambuco (Ipdape), comparáveis ao dos anos 1990, tido como um dos piores da história recente.
 
A destruição da flora vem seguida de queimadas e construções de pequenas barragens, sem técnica adequada. E os represamentos indevidos resultam em estouros. As águas, em busca das planícies, arrastam as plantações e a terra deixada à mostra pelo desmatamento. Alcançam os mananciais, assoreando riachos e açudes.
 
Os problemas são de fácil percepção. Difícil é o acesso a tais lugares, alcançáveis por estradas de barro.. Obstáculos, contudo, que fiscais podem superar em tempo razoável. A queixa dos defensores, no entanto, é que por lá nenhum aparece. Ou raramente. Convites, ou melhor, denúncias, jamais faltaram. Foram encaminhadas ao Ibama, quando estava sob responsabilidade da União, e mais recentemente ao CPRH.

Estava no projeto
O avanço do cultivo da banana sobre a vegetação nativa da Serra do Mascarenhas figurava entre as preocupações da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semas) no projeto de criação do Refúgio de Vida Silvestre Mata de Água Azul. Cultivo hoje presente nos municípios de Vicência e Macaparana, onde se localiza parte do refúgio.

Rota da madeira
Em questão de horas, acreditam moradores de Vicência, os órgãos ambientais podem identificar cargas de madeira extraída ilegalmente da Serra do Mascarenhas. Basta montarem postos de observação nas proximidades da PE-074, rota preferida pelos caminhões que, nas noites e madrugadas, cruzam as ruas da cidade.

Prática repetida
É secular o cultivo da banana na região da Serra do Mascarenhas. Existem registros de que cresceu nos primeiros anos do século 20, trazendo um novo ciclo produtivo. Tal qual na época áurea da cana-de-açúcar na região, os plantadores de banana alargaram seus domínios territoriais para a Mata Atlântica, bioma da serra.

Nas margens
As invasões na Serra do Mascarenhas, segundo o ambientalista José Edinilson Costa, afeta as matas ciliares dos mananciais. Isso ocorre nas margens da Barragem do Siriji, em Vicência. Derruba-se a vegetação plantada na época da construção da barragem para o plantio de bananeiras. Ninguém foi punido até o momento pelo crime.

Mãe dos rios
Além da riqueza biológica, a Serra do Mascarenhas tem importância para o abastecimento d’água da Mata Norte e do Agreste. Nascem em seu território o Rio Capibaribe-Mirim e Cruanji. As primeiras águas do Capibaribe-Mirim surgem a cerca de 700 metros de altitude, na Serra Pirauá, no município de São Vicente Ferrer.

Tudo anotado
Organizações ambientais têm o mapa do desmatamento na Serra do Mascarenhas. Entre os casos mais graves aparecem os do Engenho Xixá, em Timbaúba, e os arredores do Pico do Mascarenhas, marco divisor dos municípios de Timbaúba, Macaparana e Vicência. Os crimes ambientais perto do pico seriam praticados por invasores e donos de terra.

Refúgios novos
Encravados na Serra do Mascarenhas, os refúgios de vida silvestre Mata de Água Azul e Mata do Siriji integram a lista das 39 unidades estaduais de conservação integral de Pernambuco. As duas, em tamanho, são apenas menores do que a Estação Ecológica Serra da Canoa, em Floresta. Esta na caatinga e elas na Mata Atlântica.

Timbaúba Agora com informações do Diário de Pernambuco

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