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14/09/2016 às 11h12m - Atualizado em 14/09/2016 às 11h15m

Mãe Coruja fez cair mortalidade infantil em mais de 21%, aponta estudo

A pesquisa de mestranda verificou o desempenho de 102 cidades inseridas no programa entre os anos de 2007 e 2012 em Pernambuco

A pesquisa de mestranda verificou o desempenho de 102 cidades inseridas no programa entre os anos de 2007 e 2012 em Pernambuco

Em cinco anos, a taxa de mortalidade infantil em municípios pernambucanos atendidos pelo programa estadual Mãe Coruja caiu 21,13%. Essa foi uma das conclusões de pesquisa de mestrado desenvolvida na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O estudo, feito pela enfermeira Alessandra Cabral e orientado pelo professor doutor Breno Sampaio, no Programa de Pós-Graduação em Gestão e Economia da Saúde, verificou ainda que houve um aumento de 90,2% na proporção de consultas de pré-natal. A pesquisa verificou o desempenho de 102 cidades inseridas no programa entre os anos de 2007 e 2012.

Alessandra Cabral avaliou de forma global os municípios atendidos pelo programa estadual a partir de 2007, quando a estratégia começou a ser implantada pelo Sertão. “Em 2007 o programa começou por 11 municípios da regional de Araripina. Em 2008, mais 13 cidade e em 2009 mais 40, até chegar em 102 cidades em 2012”, comentou. As primeiras avaliações já apontaram bons resultados a partir do primeiro ano de execução, quando já foi possível perceber taxa de redução na mortalidade de 9,34% e aumento das consultas de pré-natal em 14,24%. Ela destacou que, com a chegada do Mãe Coruja, muitos municípios que ofertavam quatro ou menos consultas passaram a se adequar ao preconizado pelo Ministério da Saúde, que é de sete ou mais. A enfermeira comentou que a pesquisa conseguiu provar estatisticamente que o programa, excluindo outros fatores que também incidem na mortalidade, contribuiu para a melhoria dos índices.

A dona de casa Silvania Sampaio, 29 anos, moradora da cidade de Araçoiaba, no Grande Recife, começou a ser acompanhada pelo Mãe Coruja ao cinco meses de gestação. Hoje comemora a atenção que teve com a gravidez de Samuel, agora com oito meses de vida. “Essa minha gravidez foi muito mais tranquila que a primeira, quando não exista o Mãe Coruja aqui. Tudo foi mais fácil, melhor desde a marcação de exames, consultas”, disse. Ela permanece no programa inserida em aulas de capacitação escolar no Círculo de Educação e Cultura.

A gerente de monitoramento do Programa Mãe Coruja Pernambucana, Virgínia Holanda, destacou que a fórmula de sucesso do Mãe Coruja é integrar várias estratégias contra a mortalidade infantil. “O programa trabalha com 11 indicadores, que passam pelos eixos de saúde, educação e desenvolvimento social. E cada indicador a gente tem meta a alcançar no município e, consequentemente, ajudando a meta do estado”, observou. Ela fez questão de exemplificar que em 2006, um ano antes da entrada do programa, Pernambuco tinha mortalidade infantil de 22,1 por mil nascidos vivos e, em 2014, essa taxa caiu para 14,9 por mil nascidos vivos. A gestora explicou que existe uma proposta de universalização do Mãe Coruja, mas no momento, pelos cenários econômicos estadual e nacional, a ampliação para outras cidades está congelada.

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