30/10/2015 às 08h42m - Atualizado em 30/10/2015 às 09h23m
Com vigilantes em greve, insegurança e medo se multiplicam no Hospital da Restauração
Para se proteger durante à noite, muitos pacientes estão colocando cadeiras atrás das portas.
O descaso com a saúde publica em Pernambuco ganhou um novo capítulo com a greve dos vigilantes terceirizados. Além de todos os problemas enfrentados no dia a dia, os funcionários e pacientes do Hospital da Restauração (HR), a maior emergência do Nordeste, têm que conviver também com a insegurança. Sem os guardas, o acesso aos corredores do hospital ficou livre, e histórias de roubo e violência têm se tornado comuns.
Em algumas alas, foi possível registrar pessoas em macas espalhadas e os médicos e enfermeiros trabalhando sem nenhuma segurança. Pra tentar se proteger durante à noite, muitos pacientes estão colocando cadeiras atrás das portas.
"O marido de uma paciente chegou aqui, entrou, e ficou dizendo que ia matá-la", conta uma mulher que está com o irmão internado na unidade de saúde. Os relatos sobre insegurança não se limitam aos pacientes, o andar da residência médica foi arrombado por bandidos. Objetos foram levados e os profissionais da área de saúde também estão com medos. "Temos pacientes que vêm custodiados, que veio de briga de gangue, que são delinquentes. E, muitas vezes, as pessoas voltam para terminar o serviço", desabafa uma médica, que preferiu não se identificar com medo de represálias.
Os vigilantes da unidade estão em greve por tempo indeterminado, pois estão sem receber salário desde o mês de agosto. A Secretaria Estadual de Saúde informou que o repasse à empresa Rima, responsável pela segurança, deve ocorrer ainda nesta semana. O órgão disse ainda que vem mantendo contato com a Polícia Militar para que as rondas no local sejam reforçadas.
Da TV Jornal
