31/10/2017 às 10h54m - Atualizado em 31/10/2017 às 13h01m
Homem mata pai, irmã, vizinho, atira em mais dois e se mata em São Paulo
O atirador foi identificado como Antônio Ricardo Galo, 28. As causas do crime ainda não estão claras
Um homem de 28 anos matou o pai, duas irmãs, um vizinho e o namorado de sua ex-companheira em uma série de ataques na manhã desta segunda (30) em Campinas, no interior de São Paulo. Em seguida, após perseguição policial, ele se matou com um tiro na cabeça. Ele também atirou na ex-namorada, que está hospitalizada.
O atirador foi identificado como Antônio Ricardo Gallo, que trabalhava como segurança de um banco, segundo conhecidos ouvidos pela reportagem. Embora as causas do crime não estejam totalmente esclarecidas, ele havia se envolvido em conflito com a família.
Segundo a Polícia Militar, Gallo havia sido preso por agredir o pai, que há seis meses conseguiu uma medida protetiva para impedir o contato com o filho. O atirador também teria tido uma briga por causa de som alto com o vizinho que matou. Uma das irmãs, Ana Cristina Gallo, 37, foi morta na rua, quando ia para o trabalho.
A segunda, Alexandra Gallo, 34, morreu carbonizada depois que o homem ateou fogo na casa da família. O pai, Antônio Gallo, 60, catador de recicláveis, foi assassinado na frente de casa, com um tiro na cabeça. Em seguida, o atirador entrou na casa do vizinho, o jardineiro Elenilson Freitas do Nascimento, 31, que foi morto por ele dentro do quarto.
Uma terceira irmã do atirador, que tem síndrome de Down, e os sobrinhos dela, de 4 a 11 anos, que estavam na casa incendiada, sobreviveram. O crime ocorreu por volta das 6h30 no Jardim Conceição, bairro de classe média, no distrito de Sousas.
Ex-namorada
Uma vizinha chamou a polícia. Gallo fugiu e foi até a casa de uma ex-namorada, Camila Fiorini, 25, na Vila Padre Manoel de Nóbrega, a cerca de 16 km da casa de seu pai. Lá, ele atirou nela e no namorado dela, Willian de Oliveira Costa, 28, também na cabeça. Costa morreu horas depois de ser socorrido. Fiorini está internada em estado grave no Hospital de Clínicas da Unicamp.
Carros da polícia e o helicóptero Águia, da Polícia Militar, que já perseguiam Gallo, o encontraram no local. Ele se matou na frente dos policiais, com um tiro na cabeça.
As armas usadas nos crimes, dois revólveres de calibre 38 com numeração raspada, foram apreendidas. A mãe de Gallo havia morrido dois meses atrás, vítima de um ataque cardíaco.
Outro caso
Campinas foi alvo de outra tragédia em razão de briga de família no último Réveillon.
Na ocasião, um homem invadiu o imóvel no Jardim Aurélia e matou a tiros a ex-mulher, o filho de 8 anos e outras dez pessoas no local. O técnico de laboratório Sidnei de Araújo, 46, se matou na sequência. Foram baleadas 15 pessoas de três famílias que estavam na casa para comemorar a virada do ano.
Da Folha PE