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01/11/2019 às 13h22m - Atualizado em 01/11/2019 às 18h33m

Fábrica de cimentos de Pitimbu, Litoral Sul da Paraíba, reaproveita petróleo recolhido das praias do Nordeste

Empresa localizada na divisa com Pernambuco, já reaproveitou cerca de 30 toneladas de petróleo bruto recolhido das praias.

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Uma fábrica de cimentos da Paraíba, localizada na cidade de Pitimbu, quase na divisa com o estado de Pernambuco, está reaproveitando o óleo que recolhido das praias nordestinas. A fábrica, que produz aproximadamente 5 mil toneladas de resíduos por mês, já aproveitou 30 toneladas de petróleo bruto recolhido das praias pernambucanas, principalmente.

O gerente da fábrica, Frederico Vasconcelos, explica que para ser reaproveitado, o óleo recolhido na beira-mar precisa passar por vários procedimentos, como a trituração por conta da areia da praia, para ser queimado como combustível das fornalhas que produzem cimento.

“Esse óleo tem uma característica muito particular. Ele lembra muito um plástico, uma massa modelar de crianças. É necessário que ele seja diluído com outros tipos de resíduos. Como a gente recebe outros materiais, a gente faz essa mistura e isso dá condições da gente fazer a alimentação dele no forno”, explicou Federico.

Murilo Laurindo, gerente corporativo de Meio Ambiente e coprocessamento da fábrica, comentou que a forma como a empresa tem aproveitado o petróleo recolhido das praias é a mais correta do ponto de vista ambiental. A fábrica paraibana está disponível a receber o óleo recolhido em outros estados, tanto bruto, quanto triturado.

“Nós, hoje, podemos receber esse material in natura ou ele pode ser misturado. Ao misturar todo esse resíduo e ele for analisado, se tiver adequado, ele é colocado em todo processo para que possa ser realmente ser injetado no forno”, pontuou Murilo.

A Paraíba foi um dos estados menos afetados com as manchas de petróleo bruto entre os estados nordestinos. Uma das explicações possíveis para o impacto reduzido é a posição geográfica do estado, localizado justamente no ponto de bifurcação de duas correntes marítimas, de acordo com o oceanógrafo e professor da UFPB, Tarcísio Cordeiro.

A cidade de Cabedelo, na Grande João Pessoa, foi a única a contabilizar o material recolhido nas praias. De acordo com a prefeitura, foram retirados cerca de 400 kg de óleo junto com areia das praias de Cabedelo. Embora a Paraíba tenha sido muito pouco afetada com as manchas, o governador João Azevêdo ampliou o monitoramento do litoral paraibano e convidou a UFPB a integrar a mobilização para preservar as praias do estado.

O secretário de Turismo e Meio Ambiente de Pitimbu, Francisco Pinheiro, afirmou que a fábrica de cimentos disponibilizou sacos para o acondicionamento mais correto dos óleos que possam vir a serem recolhidos nas praias do município.

O litoral sul tem sido monitorado diariamente pela Marinha e autoridades do estado da Paraíba com auxílio de drones das Polícias Civil e Militar, mas até esta quinta-feira (31) não tinham sido localizadas novas manchas.

Do G1 Paraíba

 

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