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23/12/2020 às 12h19m - Atualizado em 24/12/2020 às 02h53m

Desemprego em Pernambuco chega a 17,9% em novembro e alcança maior taxa desde maio, diz IBGE

O índice apresentou um aumento de 6,9% frente a outubro, o que equivale a 46 mil pessoas a mais sem emprego

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A taxa de desemprego em Pernambuco chegou a 17,9%, atingindo 712 mil pessoas em novembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid), divulgada nesta quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior valor desde o início da série, em maio, com um aumento de 6,9% frente a outubro, quando o índice chegou a 17,1%. Com o resultado, cerca de 46 mil pessoas a mais estão sem emprego no Estado.

“Por causa da pandemia, muita gente deixou de procurar emprego. Agora, com um mercado mais aquecido, as pessoas voltaram a ir atrás de uma vaga. Por isso, a taxa de desocupação aumentou, porque tem mais gente tentando se reinserir no mercado, que, infelizmente, não oferta um número de empregos suficiente para atender a todo mundo, mas muda a dinâmica do mercado de trabalho”, explica João Marcelo Santos, coordenador da PNAD Covid em Pernambuco.

Conforme o IBGE, a população ocupada (3,2 milhões em novembro) ficou estável em relação a outubro e, pelo quarto mês seguido, houve uma redução da população fora da força de trabalho — isto é, que não estavam trabalhando nem procuravam por trabalho — em Pernambuco que gostariam de trabalhar, mas não conseguiram procurar emprego por causa da pandemia do novo coronavírus ou por falta de oportunidade na região em que vivem. Em novembro, eram 814 mil pessoas; já em outubro, eram 885 mil pessoas.

A pesquisa aponta ainda que o número de pessoas ocupadas afastadas do trabalho que tinham devido ao distanciamento social continua caindo. Segundo o instituto, o número de pessoas nesta situação em outubro, era 101 mil; em novembro, não passavam de 92 mil, uma queda de 8,9% entre um mês e outro.

O índice também caiu em relação a maio, passando de 28,8% para 2,8% da população ocupada. Ainda segundo a pesquisa, 7,2% da população pernambucana ocupada e não afastada do trabalho tinha trabalhado de forma remota em novembro, frente a 7,6% no mês de outubro.

Entre trabalhadores afastados do trabalho, 44 mil (ou 23,1%) estavam sem a remuneração do trabalho. Em maio, quando medidas de distanciamento social mais rígidas estavam em vigor, eram 620 mil. Entre os trabalhadores ocupados que ainda estavam recebendo vencimentos, 19,6% do total tiveram rendimentos menores do que o habitual em novembro, contra 20,5% em outubro.

O levantamento também mostra o avanço da informalidade como alternativa para escapar da falta de emprego. A taxa em Pernambuco passou de 42,9% para 43,3% da força de trabalho ocupada, chegando a 1,4 milhão de trabalhadores em novembro. É quase metade da força de trabalho atuando como empregados do setor privado sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregados que não contribuem para o INSS e trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS. Todos eles numa situação de vulnerabilidade social e com futuro previdenciário incerto.

“Apesar do crescimento, estatisticamente esse é um resultado considerado estável. Isso porque, como se trata de uma variável bastante instável, nós trabalhamos com aproximação neste caso”, explica João Marcelo Santos, do IBGE.

Auxílio emergencial

A Pnad Covid revela também que a redução no valor do auxílio emergencial e um número menor de pessoas recebendo o benefício também influenciou na maior busca das pessoas por emprego. Segundo o IBGE, o número de domicílios em que ao menos um dos moradores recebeu o auxílio emergencial caiu de 55,4% em outubro para 54,5% em novembro. Isso representa, em números absolutos, que quase 1,7 milhão de lares em Pernambuco receberam o benefício. Já no Brasil houve uma leve queda, de 42,2% para 41%. O valor médio do rendimento do auxílio em Pernambuco também apresentou diminuição, de R$ 636 em outubro para R$ 491 em novembro.

JC Online

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